Manifestações em estradas federais do Brasil estão prejudicando o trânsito de veículos, além de bloquear o tráfego de caminhões em alguns pontos nesta quarta-feira, conforme relatos da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Os protestos ocorrem após as manifestações nacionais de 7 de Setembro. A polícia afirmou em boletim que manifestantes na Rodovia Presidente Dutra (BR-116) buscam apoiar o presidente Jair Bolsonaro em sua pauta contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo uma nota, diversos caminhões foram estacionados nesta tarde na via lateral da Dutra, na altura de Seropédica (RJ), formando uma fila de cerca de 1 quilômetro.
Apesar do protesto, o tráfego fluía na Dutra, disse o boletim. Em outros Estados, como no Paraná, os policiais registraram manifestações, com pontos de interdição em algumas delas.
Segundo publicação da polícia na conta oficial do Twitter, no Paraná há pontos de interdição na BR-376, em Paranavaí e Maringá.
“Estão sendo retidos apenas veículos de carga. Veículos de passageiros e cargas perecíveis estão liberados”, disse a polícia.
Protestos também foram registrados nos municípios paranaenses de Paranaguá (BR-277) e Lapa (BR-476 ).
A administração portuária de Paranaguá (PR) afirmou, após ser consultada por meio da assessoria de imprensa, que não havia sinais de caminhoneiros atrapalhando o fluxo de cargas para o porto.
A PRF de Santa Catarina também citou no Twitter bloqueios nas BRs 116, 282, 280, 470 e 101, somente para caminhões.
Os protestos não afetam, até o momento, o escoamento de produtos agrícolas como grãos, disse à Reuters a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), por meio da assessoria de imprensa.
O Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP) está acompanhando os “bloqueios pontuais” juntamente com o Ministério da Infraestrutura e a PRF.
Porém, segundo a secretária-executiva de Dowstream do IBP, Valéria Lima, não houve até agora um problema maior, capaz de que impactar o abastecimento de combustíveis.