Nesta terça-feira (10), o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da Força Tarefa do GAECO e o com o apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ), deflagrou a Operação Calígula. Um dos alvos é o ex-policial militar Ronnie Lessa, que está preso em Campo Grande. A operação visa combater os crimes de organização criminosa, corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Ronnie Lessa é acusado de ser o executor da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em 2018.
A organização criminosa liderada por Rogério Costa de Andrade Silva, contraventor conhecido como Rogério de Andrade, e por seu filho Gustavo de Andrade.
Além deles, o grupo criminoso é integrado por cerca de 30 criminosos. A operação cumpre 29 mandados de prisão e 119 de busca e apreensão, incluindo quatro bingos comandados pelo grupo.
Os mandados requeridos pelo MPRJ foram expedidos pela Vara Especializada.
Saiba
Segundo o MPRJ, as últimas atualizações confirmam a realização de 11 prisões, além da apreensão de oito aparelhos de celular, um notebook, um HD e um pen drive.
Também foi apreendido o montante de R$ 1,2 milhão na casa da delegada Adriana Belém, alvo de busca e apreensão.
Conforme divulgado, o grupo atua com uma estrutura criminosa organizada, voltada à exploração de jogos de azar, não apenas no Rio de Janeiro, mas em diversos outros Estados.
Estima-se que há décadas os criminosos exercem o domínio de certas localidades, fundamentando-se em dois pilares: a habitual e permanente corrupção de agentes públicos e o emprego de violência contra concorrentes e desafetos, sendo esta organização criminosa suspeita da prática de inúmeros homicídios.
Segundo os Promotores de Justiça, a parceria entre Rogério de Andrade e Ronnie Lessa para a prática de ações criminosas é antiga.
Existem elementos de prova dessa relação desde 2009, quando Ronnie, indicado como um dos seguranças de Rogério, perdeu uma perna em atentado à bomba que explodiu seu carro.
Posteriormente, em 2018, ano da morte de Marielle Franco e Anderson Gomes, os dois denunciados também atuaram juntos.