A Polícia Federal (PF) prendeu, no domingo (23), 11 foragidos da Justiça inscritos para as provas do concurso da corporação no Distrito Federal e em nove estados. Os candidatos tinham mandado de prisão em aberto e foram retirados do local do exame.
De acordo com os investigadores, “os mandados de prisão foram cumpridos de forma discreta e sem causar tumulto ou prejuízo para aplicação das provas”. Segundo a PF, a medida “garantiu a segurança do concurso”, além de retirar os indivíduos do convívio social.
A prisões ocorreram em:
- Brasília
- Acre
- Bahia
- Mato Grosso
- Rondônia
- Roraima
- Rio Grande do Sul
- Santa Catarina
- Sergipe
- São Paulo
A Polícia Federal, no entanto, não divulgou informações sobre os crimes que os presos respondiam e nem a identidade dos detidos. No domingo, foram aplicadas as provas escritas do concurso público para os cargos de delegado, agente, escrivão e papiloscopista da corporação.
Ao todo, são 1,5 mil vagas e mais de 320 mil inscritos no certame. Os salários iniciais variam de R$ 12 mil a R$ 23 mil. Além das provas objetivas e discursivas, a seleção conta com:
- Exame de aptidão física
- Avaliação médica e psicológica
- Prova oral e prova de digitação para os cargos de delegado e escrivão, respectivamente
- Avaliação de título
- Investigação social
Embate judicial
O concurso para a PF ocorreu após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de manter as provas para a data, dia 23 de maio. A avaliação chegou a ser marcada para 21 de março, porém, a corporação decidiu adiar, devido à pandemia de Covid-19.
Em plenário virtual, o tribunal analisou ação apresentada por uma candidata de Pernambuco, que questionou a realização dos exames “mesmo com os inúmeros decretos restritivos dos estados e municípios, bem como os altos índices de contágios, infecções e mortes pela Covid-19 em todo o país”.
Foi a primeira vez que a Corte fez julgamentos em somente um dia. A maioria no Supremo a favor da realização do concurso neste domingo foi formada com os votos de dez dos 11 ministros.