Há mais de 20 dias, Severina Machado, de 71 anos, aguarda por uma cirurgia para aneurisma da orta na Santa Casa de Campo Grande. Segundo o filho da paciente, Eriwelton Maldonado, o quadro de saúde da mãe é grave, mas o cenário poderia ser outro se o hospital efetuasse o pagamento da prótese, necessária para o procedimento.

Conforme a equipe que acompanha Severina, a prótese está pronta, mas, enquanto o fornecedor não for pago pelo hospital, o material permanecerá retido, impossibilitando a execução da cirurgia. Embora tenha denunciado a situação ao SAC, Eriwelton afirma que não recebeu nenhuma resposta da diretoria da Santa Casa. Sem prazos ou devolutivas, a família procurou a Defensoria Pública nesta quinta-feira (25).

“A drª que compõe a equipe médica da Santa Casa informou que o material está pronto para ser encaminhado ao hospital. Porém, também foi informada que a Santa Casa não fez o pagamento referente aos acordos com o fornecedor e ele não vai fazer a liberação, somente em caso de pagamento”, denuncia.

O que diz a Santa Casa?

A reportagem procurou a Santa Casa de Campo Grande. Em nota, o hospital informou que, “em decorrência do persistente desequilíbrio econômico-financeiro do contrato vigente com o Município, a instituição enfrenta sérias dificuldades para honrar compromissos com diversos fornecedores, comprometendo a sustentabilidade de suas operações”.

Pontuou ainda que, embora haja esforço contínuo para manter a qualidade dos serviços, “o valor contratual atual permanece insuficiente frente às demandas e custos operacionais, agravando a situação financeira do hospital”.

Por fim, a Santa Casa finalizou dizendo que “conclama o apoio da sociedade civil e das autoridades competentes na busca pela revisão contratual, de forma a garantir condições justas e equilibradas para a manutenção dos atendimentos e da missão institucional de cuidar da saúde da população sul-mato-grossense”.

MMN/ML