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Incêndio na região de Corumbá destrói ninho de tuiuiú e relembra situação de 2020

Por Redação

Em 3 de julho de 2024

Incêndio na região de Corumbá destrói ninho de tuiuiú e relembra situação de 2020 – Foto: EBC

Monitoramento aéreo feito pelo Ibama na região do Maracangalha, que fica a cerca de 1h30 de barco pelo rio Paraguai acima, a partir de Corumbá, identificou que um ninho de tuiuiú, ave símbolo do Pantanal, foi destruído por incêndio florestal.

Nessa área, o fogo foi intensificado desde a semana passada e houve combate às chamas por via área neste final de semana. Apesar dos esforços, a árvore que tinha o ninho foi queimada.

O registro do local destruído foi divulgado nesta terça-feira (2), depois de sobrevoo com helicóptero. Além de símbolo do bioma, o caso remonta ao que ocorreu em 2020. Por conta de graves incêndios naquele ano, um ninho de tuiuiú acabou queimado na BR-262. O local era turístico por estar às margens da rodovia. Houve esforços depois de 2020 e um ninho artificial foi construído, com apoio da Embrapa e a Energisa, e o casal voltou a utilizá-lo.

No caso desse outro ninho, em área mais remota, ainda é cedo para garantir o que vai ocorrer. O tuiuiú é uma espécie que forma o casal e os indivíduos vivem juntos pelo menos durante o ciclo reprodutivo. Depois que constroem um ninho, esse local passa a ser usado ao longo de anos, sem ocorrer troca.

“Os ninhos do tuiuiú são as maiores estruturas construídas por aves no Pantanal. Podem ser feitos em grupos de até seis, às vezes juntos a garças e outras aves. Ficam localizados nas árvores mais altas. Há registro de ninho com 3 m de diâmetro. O ninho fica tão sólido ao final do período reprodutivo, devido ao pisoteio, que é capaz de sustentar uma pessoa adulta sobre ele. Outras aves, em especial a cocota, periquito-barroso (ou caturrita, como é conhecido esse periquito no sul do Brasil), usam a base do ninho do tuiuiú para dar sustentação aos seus”, detalhou o Wiki Aves.

Pelo simbolismo da ave e do ninho como resistência aos registros de incêndios, os Bombeiros reuniram esforços para proteger um outro local que também era ameaçado pelo fogo. Esse ninho que envolveu ações diretas de combate fica a cerca de 15 minutos rio Paraguai acima, a partir de Corumbá. Equipe do Instituto Homem Pantaneiro (IHP), que integra o Gretap-MS, está realizando monitoramento do local e identificou nesta terça-feira (2) que o fogo não atingiu a região, que fica às margens do rio Paraguai.

Desde o começo deste ano, pouco mais de 4% do Pantanal, em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, já foram queimados, conforme dados do Lasa/UFRJ. Os incêndios que se agravaram em junho, ainda não foram totalmente controlados.

O sistema Pantanal em Alerta!, dos Bombeiros com o Ministério Público, indicou que havia mais de 800 focos de calor durante este dia 2 de julho.

Fonte: Correio do Estado

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