
Zé Teixeira (foto), deputado estadual do PSDB, não integra mais o chamado G8, bloco de sustentação do governo de Mato Grosso do Sul. Embora tenha assinado no dia 5 de março, já há um mês e 7 dias, um ofício para anunciar sua saída foi entregue nesta quarta-feira (12) ao líder do grupo, o deputado Jamilson Name, também tucano, que concordou com a decisão do parlamentar parceiro de legenda.
A retirada de Teixeira já era sabida pelos membros do PSDB, sigla com maior número de deputado com 6 dos 24 da Assembleia Legislativa de MS, mas alguns tentaram, em em vão, convencê-lo do contrário.
Ao Correio do Estado, Zé Teixeira, já em seu oitavo mandato, garantiu na tarde desta quarta que seu “desligamento como membro efetivo do bloco”, não ocorreu por força de embaraços políticos, que foi “decisão pessoal, tudo normal e que segue apoiando o partido e o governador Eduardo Riedel [outro do PSDB]”.
O deputado ainda deixou a entender que o G-8 teria pouca influência na Casa. “Ora, o PSDB tem seis deputados aqui [AL], é a maior bancada. Então, por que o bloco?”, questionou o parlamentar.
Apesar da afirmativa do parlamentar, corre entre diálogos fechados entre os próprios tucanos do legislativo estadual, que Zé Teixeira estaria descontente por ter ficado “um tanto fora” das decisões do partido.
Uma delas, seria a de que ele teria indicado “alguns nomes” para compor o governo de Riedel, e os pedidos teriam sido rejeitados.
Zé Teixeira, o segundo vice-presidente da AL-MS, nega com força o que ele tratou como “mentira” o fato de ter saído por não conseguir os cargos.
“Nada disso. Eu indico [nomes para compor o governo] que vem dos vereadores e prefeitos. Agora, se eles não são aceitos não é um problema meu. Não sou eu que iria pagar os salários, sim o Estado. Deputados não têm direito a cargos. Indico, apenas. Nada a ver isso”, afirmou Teixeira.
O deputado negou também que sua saída tenha sido fruto de discórdias políticas envolvendo o presidente da Assembleia Legislativa, Gerson Claro, do PP. “Sou do PSDB e continuo parceiro de meus colegas de partido e do presidente da Casa”.
Seguiu o parlamentar: “continuo apoiando o governo como fazia com o governo de Reinaldo Azambuja [ex-governador, também do PSDB]”.
A reportagem tentou ouvir também na tarde desta quarta, por telefone, o deputado Jamilson Name, por telefone, mas a ligação não completou. Caso ele se manifeste, este material será reeditado.
O governo de Riedel, declaradamente tem o apoio de 18 dos 24 deputados estaduais.