Tor4Beer
Zito Gás

PUBLICIDADE

COP

Jogo do bicho rendia R$ 80 mil por dia à família Name

Por Redação

Em 19 de julho de 2023

O promotor Moisés Casaroto falou durante quase uma hora e meia apresentando provas que supostamente incriminam Jamil Nam Filho – Marcelo Victor

A família Name obtinha faturamento líquido de 70 a 80 mil reais por dia com o jogo do bicho em Campo Grande e cidades próximas. A informação foi divulgada pelo promotor Moisés Casaroto, durante a apresentação de provas para tentar convencer os jurados a condenarem Jamil Name Filho, Marcelo Rios e Vlademilson Olmedo pela morte do estudante de Direito Matheus Xavier, morto a tiros de fuzil em abril de 2019.

A informação sobre os balancetes da jogatina, segundo o promotor, foram encontrados em um dos 39 pendrives apreendidos na chamada “casa das armas” em maio de 2019, pouco mais de um mês depois da morte acidental de Matheus.

Durante seu depoimento nesta terça-feira, Jamil Name Filho negou que tivesse alguma ligação com o jogo do bicho, assim como negou que tivesse vínculo com as 22 armas apreendidas na casa da família Name no bairro Monte Líbano.

Jamil Name Filho e o pai, Jamil, acabaram sendo presos em setembro daquele sob a acusação de serem mandantes do atentado que pretendia matar Paulo Teixeira, pai de Matheus. O jovem foi morto por engano.

Depois da prisão, a polícia acabou recolhendo das ruas da Capital todas as bancas do “gato preto”, que era a identificação do sistema clandestino de apostas comandado durante décadas pela família Name em Campo Grande.

Além desta informação sobre os lucros do jogo do bicho, nos pendrives foram encontradas incontáveis provas que ligam a família Name às 22 armas e ao assassinato de Matheus, segundo o promotor Moisés. O fuzil usado no crime, porém, até hoje não foi localizado.

Em seu depoimento nesta terça-feira, Jamil Name Filho afirmou que nunca “nem chegou perto desta casa das armas”. Marcelo Rios, segurança da família Name, assumiu que fora ele quem as colocou naquele local, sem anuência dos patrões.

O promotor, porém, mostrou aos jurados uma série de interceptações telefônicas entre Marcelo Rios (um dos réus do júri) e outros seguranças demonstrando que os Name exigiam que Marcelo retirasse as armas daquele local. Isso, segundo o promotor, evidencia que o arsenal era da família Name.

Em outro pendrive, segundo o promotor, também aparece uma série de informações sobre o paradeiro do advogado Antônio Augusto Coelho, que seria, segundo um dos promotores mais um alvo da milícia e o pivô do atentado que resultou na morte do estudante.

Os Name e o advogado, segundo a investigação, se desentenderam por causa da posse da fazenda Figueira, em Jardim, e Paulo Xavier teria se aliado com o advogado e ajudado a aplicar um golpe milionário contra Jamil Name e Jamil Name Filho.

E, as informações desse pendrive, segundo o promotor, seriam as principais evidências para levar à elucidação do crime e às causas que teriam levado a milícia a contratar os pistoleiros a matarem Paulo Xavier.

A previsão é de que o julgamento termine por volta das 21 horas desta quarta-feira, um dia antes da programação inicial. A audiência começou por volta das 09 horas a acusação e defesa estão tendo nove horas para apresentação de suas teses.

Fonte: Correio do Estado

Deixe seu comentário...
Notícias de Coxim e Mato Grosso do Sul. PROIBIDA A REPRODUÇÃO sem autorização. JORNAL COXIM AGORA LTDA. CNPJ: 40.892.138/0001-67 – Últimas notícias de Coxim, Sonora, Pedro Gomes, Alcinópolis, Rio Verde de MT (MS), Costa Rica, Camapuã, São Gabriel do Oeste e Figueirão.
Crédito: Coxim Agora.