A Rota Bioceânica é considerada um dos maiores projetos logísticos com intenção de ligar os portos dos oceanos Pacífico e Atlântico.
O projeto que começou a ser debatido em 2014 tem a promessa de ampliar a relação comercial do Estado com países asiáticos e sul-americanos e aindafomentar a diversificação da produção sul-mato-grossense.
No entanto, com o projeto “emperrado” os investimentos em Porto Murtinho, portão de entrada do corredor, estão parados.
O prefeito de Porto Murtinho Nelson Cintra (PSDB) informa que já foi consultado por centenas de empresários, mas que acredita que somente após o início da construção da ponte na cidade é que o desenvolvimento econômico vai chegar de fato.
“Temos recebido muitas visitas de empresários observando, analisando, com planos para se instalar na cidade. Mas o que jogou um balde de água fria no empresariado é essa questão da ponte”.
“Era para ser licitada no ano passado, já vai fazer um ano e essa ponte está nesse sai e não sai”, avalia em entrevista ao Correio do Estado.
A emblemática ponte sobre o Rio Paraguai liga as cidades de Porto Murtinho (MS) à Carmelo Peralta no Paraguai e deveria ter começado a ser construída ainda neste ano.
A obra que é porta de entrada para o funcionamento da Rota Bioceânica é o elo que falta para a integração comercial latinoamericana.
“Essa demora tem frustrado muita gente, porque o projeto era que essa ponte ficasse pronta em 2024, mas já era para estar sendo construída há mais de sete meses e até agora até marcou o lançamento da obra para 13 de dezembro e depois remarcou para janeiro”.
“Estamos esperando que essa ordem de serviço seja dada e com o início dessa construção tenho certeza que vai entusiasmar o empresariado. Porque essa ponte leva três anos para ser feita”, ressalta Cintra.
O desenvolvimento econômico aguardado pela cidade é semelhante ao que já ocorreu em Três Lagoas, com a chegada das indústrias de papel e celulose outras se instalaram, atraindo trabalhadores e consequentemente guinando a economia do local.
Exemplo do que tem acontecido com a cidade de Ribas do Rio Pardo, conforme já noticiado pelo Correio do Estado, com a chegada de uma gigante da celulose a cidade vive um “boom” imobiliário e já registra a chegada de mais de 100 empresas só em 2021.