
Apesar de ter reduzido a presença e o impacto em Campo Grande, a dengue ainda tem causado mortes, principalmente no interior de Mato Grosso do Sul. De acordo com dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES), este ano já registrou o segundo maior número de óbitos pela doença, no entanto, a velocidade entre eles está mais acelerada.
Segundo o boletim epidemiológico divulgado nesta semana pela SES, neste ano, 34 pessoas morreram em decorrência da dengue em Mato Grosso do Sul e ainda há outras 10 mortes em investigação.
Nos últimos 10 anos, 2020 foi o que registrou o maior número de mortes, com 42 óbitos. Entretanto, como os dados de 2020 são relativos aos 12 meses do ano, significa que uma pessoa morreu a cada 10 dias pela doença naquele período.
Neste ano, porém, os dados são referentes ao período que compreende de janeiro até o dia 25 deste mês, isto é, 206 dias. Nesse período, uma morte ocorreu a cada sete dias em Mato Grosso do Sul.
Se os óbitos em investigação forem confirmados, esta será a maior mortalidade dos últimos 10 anos. No entanto, o número de casos não acompanhou esse crescimento.
Até o dia 25 deste mês, foram notificados 48.088 episódios da doença no Estado, o quarto maior índice desde 2014.
Das 34 mortes confirmadas pela doença até agora, apenas cinco foram registradas em Campo Grande, ou seja, a cidade que tem 32,5% da população de Mato Grosso do Sul responde apenas por 14,7% de todos os óbitos registrados pela dengue neste ano.
A cidade com o maior número de mortes pela enfermidade é Três Lagoas, onde seis pessoas morreram pela doença. Em Dourados, cinco pessoas faleceram de dengue.
Fonte: Correio do Estado