O deputado federal Dagoberto Nogueira (PSDB) elevou em 20% o gasto com a cota parlamentar e acabou torrando R$ 569,5 no ano passado, conforme o Portal da Transparência da Câmara dos Deputados. Por outro lado, Vander Loubet (PT), no 6º mandato consecutivo, conseguiu reduzir o valor em 10% e ficou entre os três com menos gastos, ao lado dos bolsonaristas Marcos Pollon e Rodolfo Nogueira, do PL.
No total, os oito deputados federais de Mato Grosso do Sul gastaram R$ 4,085 milhões no ano passado com a cota parlamentar, quase o mesmo valor do ano passado, de R$ 4,082 milhões. O valor destinado para divulgação da atividade parlamentar, locação de veículos, manutenção de escritório, combustíveis, passagens áreas, hospedagem, telefonia, assinatura de jornais, alimentação, entre outros.
Só que alguns parlamentares exageram nos gastos, principalmente, porque o dinheiro sai do bolso do contribuinte. Dagoberto deixou de ser exemplo para os eleitores ao deixar o último lugar em gastos, já que em 2023 ele teve o menor valor entre os oito deputados federais, para ser o campeão em 2024.
Conforme o Portal da Transparência, o tucano elevou os gastos com a cota de R$ 476,6 mil, em 2023, para R$ 569,5 mil no ano passado. Houve aumento de 20% no montante. O maior gasto foi com a divulgação da atividade parlamentar (R$ 218,3 mil), seguido pelo aluguel de veículos (R$ 131,4 mil) e manutenção de escritório (R$ 69,8 mil).
Geraldo Resende (PSDB) permaneceu como vice-campeão em gastos, com R$ 556,6 mil – houve aumento de 9,82% em relação ao ano anterior, com R$ 506,8 mil. Ex-secretário estadual de Saúde, ele cogitou disputar a prefeitura de Dourados, mas acabou desistindo diante do favoritismo de Marçal Filho (PSDB), eleito prefeito.
O deputado ganhou destaque nacional por ser um dos maiores gastadores da cota com a divulgação da atividade parlamentar, R$ 286,1 mil. O valor representa 51% do dispêndio do parlamentar com o dinheiro público em 2024. Em 2º lugar ficou o gasto com combustíveis (R$ 83 mil), seguido pelo aluguel de veículos (R$ 79,3 mil).
Candidatos a prefeito
Candidatos a prefeito de Campo Grande, Camila Jara (PT) elevou o gasto em 7,5%, enquanto Beto Pereira reduziu em 9%. A petista ampliou de R$ 501,6 mil para R$ 539,6 mil, enquanto o tucano foi mais econômico, passando de R$ 578,3 mil, campeão de gastos em 2023, para R$ 526 mil.
Camila destinou a maior parte, R$ 265,1 mil para a divulgação das atividades parlamentares, enquanto destinou R$ 78 mil para compra de passagens aéreas e R$ 62,7 mil para aluguel de veículo. A petista está no primeiro mandato.
Beto também gastou a maior parte com a divulgação do mandato, R$ 245,1 mil, seguido pelos gastos com aluguel de veículos (R$ 92,5 mil) e manutenção de escritório (R$ 66,6 mil).
Econômicos tem bolsonaristas e petista
Dr. Luiz Ovando reduziu em 2% o gasto com a cota parlamentar, de R$ 498,1 mil para R$ 488 mil, mas se destacou como o 5º integrante da bancada federal sul-mato-grossense com o maior gasto. Ele destinou R$ 169,5 mil para divulgação da atividade parlamentar, R$ 139,5 mil para aluguel de veículos e R$ 83 mil para manutenção de escritório.
A surpresa é a redução de 10% no gasto de Vander Loubet, de R$ 532,1 mil para R$ 477,7 mil. O petista já se destacou em outras épocas por ser um dos maiores gastadores da cota parlamentar. Ele destinou R$ 212,9 mil para divulgação do mandato, R$ 96 mil para aluguel de carros e R$ 58,2 mil para passagens aéreas.
O 7º colocado em gastos foi Rodolfo Nogueira, com redução de 7,3% em entreo 2023 e 2024, de R$ 504,8 mil para R$ 467,7 mil. Ele destinou R$ 193,5 mil para divulgação da atividade parlamentar, R$ 132 mil para aluguel de veículos e R$ 57,2 mil para manutenção de escritório.
O mais econômico foi o bolsonarista Marcos Pollon, que ainda teve redução de 5%, de R$ 483,9 mil para R$ 459,6 mil. Autor da CPI para investigar jornalistas que não concordam com a sua ideologia, o deputado destinou 61% da cota (R$ 281,4 mil) para a divulgação da atividade do mandato. Esse gasto merece um escrutínio mais apurado já que o parlamentar vem dizendo alguns jornais recebem para atacar os conservadores.
Pollon ainda destinou R$ 71 mil para compra de passagens aéreas e R$ 46,9 mil para manutenção do escritório.
Deputados | Cota Parlamentar 2024 |
Dagoberto Nogueira (PSDB) | 569.577,85 |
Geraldo Resende (PSDB) | 556.672,94 |
Camila Jara (PT) | 539.691,80 |
Beto Pereira (PSDB) | 526.094,73 |
Dr. Luiz Ovando (PP) | 488.021,19 |
Vander Loubet (PT) | 477.711,87 |
Rodolfo Nogueira (PL) | 467.794,96 |
Marcos Pollon (PL) | 459.697,70 |
Fonte: O Jacaré com informações da Câmara dos Deputados