A recente operação coordenada pelo Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), intitulada “Carga Máxima”, revelou números expressivos e preocupantes. Entre os dias 10 e 13 deste mês, os fiscais percorreram incansavelmente 73 pontos turísticos nas margens do rio Formoso, na cidade de Bonito. O resultado? Um total de 1 milhão de reais em multas aplicadas e 63 autos de infração emitidos.
Essa ação abrangente contou com a participação não apenas dos fiscais do Imasul, mas também de importantes instituições parceiras, incluindo a Polícia Militar Ambiental, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e Guarda Civil Municipal de Bonito. Ao todo, cinco equipes se mobilizaram para fiscalizar 42 ranchos de lazer e 30 atrativos turísticos ao longo das margens do rio.
As infrações mais comuns identificadas durante a operação foram variadas e alarmantes: desde a falta de licença ambiental e outorga de poço para captação de água até o mau uso do solo, com consequências diretas no rio Formoso. Entre os problemas encontrados estavam a capacidade de carga acima do permitido, supressão de vegetação nativa e operações em desacordo com as normas ambientais.
Especificamente nos atrativos turísticos, os fiscais verificaram se os locais respeitavam a capacidade de carga autorizada, além de avaliar o uso da água de acordo com os critérios de segurança estabelecidos pelo Corpo de Bombeiros. Também foi analisada a conservação das Áreas de Preservação Permanente (APP) do rio Formoso, visando evitar a degradação ambiental.
Nos ranchos e empreendimentos particulares, a atenção se voltou para a presença de licenças ambientais adequadas para a instalação de estruturas como decks e passarelas na APP, além da regularidade na captação de água, gestão de resíduos sólidos e conservação do solo.
O Imasul justificou a rigidez da operação ressaltando os impactos negativos que qualquer intervenção antrópica pode gerar no meio ambiente, podendo resultar em danos irreversíveis à qualidade ambiental se não forem adequadamente gerenciados e mitigados.
A ação, organizada pela Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), contou com o apoio de diversos órgãos estaduais, municipais e do Ministério Público. Seu principal objetivo foi verificar a segurança e o uso adequado das áreas de preservação permanente do rio Formoso, garantindo a conservação desse importante patrimônio ambiental para as gerações futuras.
Fonte: Maikon Leal