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As universidades públicas de todo o Brasil realizam nesta quinta-feira (8) a paralisação contra os cortes no orçamento do MEC, em especial os bolsistas da CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), maior agência de desenvolvimento de pesquisa do país.
Em Mato Grosso do Sul, a UFMS e a UFGD realizam atos contra o desmonte que afeta o funcionamento das universidades, que não tem recursos para pagar bolsas de assistência estudantil e não consegue pagar os salários de terceirizados, licitações, entre outros. Em Campo Grande, o ato acontece às 9 horas na Praça Ary Coelho. Já em Dourados, a manifestação terá início às 13 horas na Praça Antônio João.
O movimento Pague Minha Bolsa surgiu em virtude dos cortes que, segundo o ministro da educação, deixaram cerca de 100 mil bolsistas da CAPES e residentes médicos sem apoio financeiro. Além da mobilização, a sociedade pode pressionar o governo e o Congresso a pagar aos bolsistas da CAPES e os residentes por meio de abaixo assinado.
Segundo o presidente da Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG), Vinícius Soares, o ato já reverbera nas universidades.
“A gente está pretendendo reverter esses cortes com a mobilização política, né? Então a gente convocou uma paralisação nacional para amanhã, os pós-graduandos e a UBES também acataram e a gente está paralisando. Então hoje o dia inteiro foi de atividades e plenárias nas universidades. Teve na USP, na UFRJ. Na UFPE, que é federal de Pernambuco. Então diversas universidades amanhã já tem mais de vinte atos marcados pra que a gente possa fazer a pressão política de mobilização para denunciar pra sociedade o que é que está acontecendo e pressionar o governo a liberar os recursos da CAPES para o pagamento da bolsa”, afirma Vinícius.
Para o presidente da associação, o movimento conta com o apoio da população em geral para que os bloqueios de verbas sejam retirados, sem que se prejudique os beneficiados.
“Porque o ato amanhã vai acontecer sim nacionalmente, vai ser em todo o país. E a sociedade civil pode apoiar participando, até porque isso impacta diretamente, né? Por exemplo, as universidades elas estão com bloqueio no orçamento, então as universidades não tão conseguindo pagar conta de água, conta de luz, não tá conseguindo pagar terceirizados e a nossa preocupação é com a vulnerabilidade social que os nossos pós-graduandos e os bolsistas estão mergulhados, né? Então a gente já tem ciência que mais de cem pós-graduandos no exterior estão em caráter de vulnerabilidade social e a gente quer resolver esse problema.”, reforça Soares.
Dessa forma, a ANPG, em conjunto com as entidades estudantis, já estão buscando reaver as bolsas no meio jurídico, assim como aponta o presidente da associação.
“Então a gente está com esse movimento político e também um movimento jurídico. A gente acabou de impetrar o mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal para que a gente possa garantir esse pagamento das bolsas. E a gente também está entrando em contato com o Congresso Nacional possa ser possa também entrar na resolução desse problema, então amanhã vai ter uma audiência pública na Câmara dos Deputados onde a gente vai estar participando também.”, concluiu Vinícius.