
Após dezenas de banhistas serem atacados por piranhas no Balneário Municipal “Miguel Jorge Tabox”, localizado em Três Lagoas (MS) – a Prefeitura da cidade deu início ao trabalho de capturas desses animais e limpeza de áreas destinadaS aos banhistas.
Durante essa mobilização, a administradora do local Natália Leite afirmou que que foi possível constatar que, o principal fator que atrai as piranhas, foram os restos de comida e lixo jogados pelos frequentadores dentro da água.
“Os usuários têm que se conscientizar, pois mesmo com placas de aviso e alertas, acabam por lançar objetos no rio, eles comem na área de banho e isso acaba colaborando em atrair bichos, principalmente agora, que é época de reprodução”, explicou Leite.
O balenário está localizado na foz do Rio Sucuriú no Rio Paraná, em área do lago da usina hidrelétrica de Jupiá. O local é cercado por telas de proteção, porém não coibiu este tipo de acidente.
A gestora do balneário afirmou ainda que houve outros registros, mas sempre foram casos isolados. Em 2022, mais especificamente em dezembro, houve mais ataques.
“A manutenção é diária, mas em virtude desses acontecimentos foi intensificada a limpeza no Rio, colocando uma rede para captura que será passada em toda a área de banho em forma de arrastão. A tela de proteção é nova, então, a possibilidade de estar furada, é baixa”, reforçou.
Não é comum
Segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária do (Embrapa) Pantanal, esses animais costumam conviver tranquilamente com os seres humanos.
As piranhas são atraídas pela cor e pelo odor do sangue na água. Quando encontram os animais feridos no seu habitat, são capazes de morder e arrancar a carne, alimentando-se daquela espécie.
Os especialistas pontuam que há casos de ataques de piranhas a seres humanos e, inclusive, exemplos que levaram à morte da vítima; porém, esses eventos não são recorrentes.
Isso porque as pessoas, assim como outros animais terrestres, não fazem parte da sua cadeia alimentar. Tipicamente, as piranhas comem peixes e insetos.