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Inmetro reprova metade dos peixes vendidos em MS por excesso de gelo

Por Redação

Em 28 de março de 2024

Agência coletou 1.073 unidades em nove municípios de Mato Grosso do Sul – Reprodução ASCOM/AEM/MS

Característico no cardápio da Semana Santa – quando não se come carne vermelha -, quase metade dos pescados em Mato Grosso do Sul apresentaram um percentual da camada de gelo alterado acima do percentual permitido, é o que aponto levantamento feito pela Agência Estadual de Metrologia (AEM-MS).

Braço local do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), a Agência coletou 1.073 unidades em frigoríficos; peixarias e supermercados, não só da Capital, mas também dos municípios de:

  • Naviraí,
  • Ivinhema,
  • Dourados,
  • Itaporã,
  • Coxim,
  • São Gabriel do Oeste,
  • Chapadão do Sul e
  • Nova Andradina

Segundo a AEM-MS, entre as unidades pelo menos 43% das amostras coletadas foram reprovadas, já que tinham peso abaixo de declarado nas embalagens, principalmente pelo excesso de gelo presente nas amostras.

Conforme a Agência, presidida por Marcos Henrique Derzi, existe um percentual de tolerância para as camadas de gelo em pescados, sendo que o excesso traz prejuízo para os consumidores que adotam essa opção durante a Semana Santa.

“O percentual de tolerância pode variar entre 1,5% a 3% do peso declarado na embalagem. Fora desse valor, o produto estará reprovado”, esclarece Marcos Derzi.

Além disso, apuração do Correio do Estado, com base nos dados do Instituto de Pesquisa da Fecomércio (IPF-MS), indicam que o peixe é prioridade em mais de 65% da mesa dos sul-mato-grossenses.

Realizada com 1.981 pessoas, entre 27 de fevereiro e 3 de março, nos municípios de Campo Grande; Dourados; Ponta Porã; Coxim; Bonito; Corumbá; Ladário e Três Lagoas, os números mostram que o ranking das espécies favoritas pelos sul-mato-grossenses é liderado pelo Pacu (44,32%), seguido pela Tilápia (32,78), o Pintado (23,56%) e Bacalhau (10,05%)

Pagando mais caro

Conforme o diretor-presidente, uma força tarefa foi feita para realizar as coletas, já que nessa época há um aumento considerável no consumo de pescados (peixes e crustáceos), com o consumidor pagando um preço considerável pelo gelo que acompanha o produto.

É importante esclarecer que, essa camada conhecida como “glaciamento”, serve para conservar as características dos pescados, sendo uma verdadeira “embalagem interna de preservação da qualidade”, frisa a AEM-MS.

Ainda assim, o consumidor precisa estar atento a alguns parâmetros, para justamente evitar pagar mais caro nos produtos adquiridos, principalmente se o preço está muito distante da média geral cobrada por aquele produto.

Além disso, a Agência recomenda que sejam observados se esses comércios estão seguindo à risca as recomendações feitas pelos fabricantes, que envolvem até mesmo o acondicionamento dos produtos na temperatura adequada.

Como bem detalhou o Correio do Estado, o preço do pescado registrou alto de até 36% durante a Semana Santa nesse ano, com o famoso bacalhau, por exemplo, saltando de R$ 79,93 para cerca de R$ 108,90 neste 2024.

Localmente, a equipe do Correio do Estado, inclusive, consultou cinco peixarias antes do feriado e encontrou uma variação de quase dez reais, levando em conta os mesmos estabelecimentos procurados em 2023.

Das três principais peixarias de Campo Grande, a diferença no preço do bacalhau foi de R$ 45,10, variando entre R$ 89,90 até R$ 135.

Fonte: CE

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