Forte esquema de segurança pela polícia brasileira é organizado para o sepultamento do prefeito de Pedro Juan Caballero, José Carlos Acevedo, na tarde deste domingo (22).
O corpo de Acevedo foi sepultado no cemitério Cristo Rei em Ponta Porã, onde estão enterrados o pai Don Florencio Acevedo e o irmão dele, Roberto Ramón Acevedo Quevedo. A força-tarefa inclui policiais do DOF (Departamento de Operações de Fronteira), Polícia Militar e Gcmfron (Guarda Municipal da Fronteira).
A princípio, o sepultamento estava marcado para às 14h30, mas atrasou devido ao velório. O prefeito de Ponta Porã, Hélio Peluffo (PSDB) compareceu na Câmara Municipal, onde o corpo estava sendo velado.
O cortejo teve passagem por uma igreja e a rádio onde ele era diretor artístico, pouco antes do enterro.
Nota de pesar
O Secretário Municipal de Segurança Pública de Ponta Porã, Marcelino Nunes emitiu uma nota de pesar pela morte do prefeito da cidade vizinha. Ele diz que foi uma morte precoce. “A fronteira está de luto por um homem que juntamente com a sua família, trabalhou muito pelo Departamento de Amambay-PY. Nós, os homens e mulheres públicos e todo a sociedade devemos lutar juntos pela paz na fronteira, combater o crime e defender a justiça. Que o Senhor nosso Deus na sua infinita misericórdia possa confortar os familiares e amigos pela perda irreparável”.
Morte cerebral
A morte cerebral de Acevedo foi confirmada no último sábado (21), pelo médico David Peña, no Hospital Viva Vida, onde o prefeito estava internado desde sofreu um atentado no último dia 17. “Não há fluxo cerebral. Isso somado às avaliações determinam que seu cérebro parou de funcionar 100%”, disse o médico em coletiva.
Segundo informações do ABC Color, a sobrinha do prefeito afirmou não ter palavras para o trágico sofrimento da família. Ela é filha do governador de Amambai, Robert Acevedo.
Atentado
Na última terça-feira (17), Acevedo conversava com um jornalista em frente à prefeitura, quando os autores chegaram em um carro branco. Um deles desce pela porta do passageiro ao lado do motorista e outro pistoleiro saiu pela porta traseira. De acordo com informações, três pessoas estavam no veículo. Os dois então saem do carro, momento em que ocorre o atentado a tiros.
O criminoso que desce do banco traseiro, aparentemente dá cobertura. Inclusive, no momento da fuga, o motorista saiu do local com a porta traseira e do passageiro abertas e, ao perceber que o comparsa arranca com o veículo, o bandido que dava cobertura tem que correr atrás do carro.
O procurador José Luis Torres e o comissário-geral solicitaram prisões de quatro pessoas, supostamente envolvidas no atentado. Porém, ainda não foi esclarecido se seriam executores e mandantes do crime.
Além da polícia do Paraguai, a PF (Polícia Federal) também atua na região de fronteira para apurar o crime contra o prefeito. Uma mulher foi presa na manhã de quinta-feira (19), no bairro General Genez, em Pedro Juan Caballero.