A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) suspendeu o exercício profissional de um advogado envolvido em um caso de sequestro ocorrido em Coxim, no dia 29 de janeiro. A vítima, um empresário de 61 anos, foi alvo do crime devido a uma suposta dívida relacionada a uma transferência via Pix no valor de R$ 250 mil.
A decisão de suspensão do advogado foi divulgada no dia 1º de fevereiro, conforme comunicado do Tribunal de Ética e Disciplina da OAB seccional de Mato Grosso do Sul. A medida permanecerá em vigor até o julgamento do processo, identificado pelo número 24.186/2024.
A vítima foi levada para um lixão na cidade, onde os sequestradores o coagiram a efetuar a transferência sob ameaças de morte. As investigações da Polícia Civil revelaram que os criminosos, provenientes de Campo Grande, saíram às 3 horas da madrugada com destino a Coxim com o intuito de realizar o sequestro.
Ao se aproximarem da residência da vítima, que retornava do mercado, os sequestradores o forçaram a entrar no veículo com violência. Uma testemunha presenciou o incidente e buscou ajuda imediatamente.
De acordo com o relato da vítima, os sequestradores utilizaram um saco preto para cobrir sua cabeça e o levaram ao local conhecido como lixão. Lá, ameaçaram-no, alegando pertencer a uma facção recém-saída do presídio, e exigiram o pagamento do Pix sob a ameaça de morte.
O advogado envolvido afirmou que a vítima tinha uma dívida com ele e com seus comparsas, justificando a decisão de cobrar de forma violenta. Os sequestradores tentaram contatar a família da vítima para obter o número de telefone do filho e realizar a transferência, mas a esposa negou e informou que a polícia estava a caminho.
Diante da iminência da intervenção policial, os criminosos abandonaram a vítima e o advogado em um posto de combustível, fugindo em um veículo Cronos de cor branca. O caso está sendo tratado como extorsão mediante sequestro, e os autores enfrentarão as devidas consequências legais. A OAB reforça seu compromisso com a ética e a disciplina, agindo de acordo com as normas que regem a conduta dos profissionais da advocacia.
Fonte: Maikon Leal