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Governo cria plano de contingência para evitar infecções hospitalares

Por Redação

Em 4 de dezembro de 2023

Plano deverá ser adotado por hospitais que têm UTI adulto – Foto: Arquiv

A Secretaria Estadual de Saúde (SES) elaborou um plano de contingência para infecções causadas por micro-organismos resistentes, a ser adotado pelos hospitais em Mato Grosso do Sul. O Estado foi classificado como “cenário de risco 2”, quando de 20% a 40% dos hospitais tem notificações de infecções.

A resolução foi publicada no Diário Oficial do Estado desta segunda-feira (4), com vigência para 2023 a 2025.

Conforme o documento, a resolução atende ao plano nacional, elaborado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e Ministério da Saúde, que visa a criação de estratégias para combater as infecções hospitalares.

Ainda segundo a resolução, a Organização Mundial da Saúde (OMS) descreve a resistência antimicrobiana como “uma das maiores ameaças à saúde pública global” e afirma que é necessário “urgentemente” mudar a forma de prescrição e uso de antibióticos, pois o uso desenfreado gera a resistência aos antimicrobianos, ameaçando consequentemente a capacidade de tratamento das infecções.

“Tem sido amplamente demonstrado que a resistência antimicrobiana (RAM) aumenta os custos de saúde devido a internações prolongadas, aumento da necessidade de cuidados intensivos e necessidade de antibióticos adicionais, além dos desfechos negativos para o paciente e sua família, como o aumento da taxa de mortalidade”, diz o plano.

Para o enfrentamento desse cenário, foi elaborado o  plano de contingência, que sistematiza ações e procedimentos e define estratégias visando o uso racional das opções terapêuticas de tratamento das infecções bacterianas.

Mato Grosso do Sul conta com 30 hospitais com leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) distribuídos entre as redes pública, privada e militar.

Desde 2010, os hospitais com leitos de UTI são obrigados a notificar dados de infecções relacionadas à assistência à saúde, quando são utilizados dispositivos invasivos, como ventilador pulmonar, cateter venoso e sonda, além de informarem o consumo de remédios antimicrobianos utilizados nas unidades.

No estado, no ano passado, foram notificadas 29 infecções hospitalares associadas ao cateter venoso central em UTI adulto.

O mesmo número de notificações, 29, ocorreu nas infecções de pneumonia associada ao ventilador mecânico e infecção de trato urinário associada a sonda vesical de demora.

Baseado no cenário de risco, foi definido o plano de contingência estadual, com medidas de prevenção e controle específicas e direcionadas para garantir a segurança dos pacientes.

Entre as medidas a serem adotadas estão:

  • Instituir vigilância semanal nos pacientes da UTI adulto;
  • Realizar capacitação de prevenção de infecções específica para profissionais de saúde, acompanhantes, visitantes e prestadores de serviço;
  • Fortalecer a política institucional para o gerenciamento do uso de antimicrobianos;
  • Ampliar a vigilância para detecção de micro-organismos multirresistentes por meio da implantação de coleta de amostras para realização de culturas de vigilância na admissão de pacientes oriundos de instituições de longa permanência e com histórico de internação nos últimos 90 dias, minimamente; Garantir que estejam disponíveis equipamentos e utensílios para uso individual do paciente em precaução de contato (estetoscópio, esfigmomanômetro, termômetro etc.);
  • Revisar os protocolos e processos de limpeza e desinfecção de ambientes
  • Monitorar a qualidade do processo de limpeza incluindo a diluição de saneantes, condições de uso e tempo de contato deles com as superfícies;
  • Instituir o isolamento de pacientes suspeitos e confirmados de infecção/colonização por micro-
  • Fortalecer as medidas para gerenciamento do uso de antimicrobianos;
  • entre outros.

As ações serão desenvolvidas, dentre de cada competência, pela Secretaria de Estado de Saúde, Vigilância Sanitária Estadual, Vigilância Epidemiológica (Cievs), Coordenadoria de Saúde Única, Laboratório Central (Lacen) e Sociedade Sul-Mato-Grossense de Infectologia.

O grupo gestor realizará análise dos indicadores e elaborará boletins semestrais que serão compartilhados entre as unidades de saúde.

O plano tem vigência de dois anos, podendo ser revisado a qualquer momento.

Fonte: Correio do Estado
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