A mosca-dos-chifres já começa a se proliferar mais nos períodos mais quentes e úmidos do ano. Um tratamento pode garantir que o pecuarista se livre dos danos do inseto e tenha um ganho de quase R$ 150 por cabeça ao longo do ano. Assista o vídeo abaixo e confira os detalhes disso.
O Giro do Boi desta terça-feira, 18, entrevistou o médico veterinário Guilherme Moura, gerente de serviços veterinários da Vetoquinol Saúde Animal.
Ele deu boas recomendações para conter os prejuízos da mosca-do-chifres. Um estudo da Embrapa estima um prejuízo anual de US$ 2,56 bilhões no Brasil.
Picada irritante da mosca-dos-chifes
A mosca-dos-chifres é uma pequena mosca que se alimenta de sangue e ataca quase exclusivamente o bovino. É considerada a maior praga da bovinocultura. Para Moura, o maior prejuízo não é pela quantidade de sangue sugada pelos insetos.
Estima-se que cerca de 500 insetos suguem 60 mililitros de sangue. O problema é com os efeitos da picada nos animais.
“A picada é dolorida e irrita os animais, o que faz com que os bovinos deixem de comer e produzir como deveriam”, diz Moura.
Todo o estresse desencadeado pela picada leva à queda da produtividade da produção de bovinos de corte.
Época de controle da mosca-dos-chifres
No final de setembro e início de outubro deve começar a atenção dos pecuaristas para o controle da mosca-dos-chifres.
A proliferação desse inseto é maior em épocas de maior umidade e calor. Por isso o controle deve ser reforçado nessa época do ano.
Estudo com tratamento contra o inseto
A recomendação de Moura é o pecuarista aliar diferentes sistemas de controle. Um estudo avaliou o controle com o uso de medicamentos pour-on, um endectocida intravenoso e o uso de brincos deram resultados surpreendentes no controle do inseto.
“O estudo avaliou animais na recria intensiva a pasto e, no final, o ganho foi de R$ 147 por cabeça a um custo de R$ 12”, diz Moura.
Formas alternativas de controle
Há também formas alternativas de controle com o uso do besouro “rola bosta”. O besouro acaba quebrando o ciclo reprodutivo das moscas-dos-chifres, pois elas dependem das fezes dos bovinos para depositar seus ovos.
Trata-se de uma alternativa biológica largamente recomendada pelos estudos da Embrapa.