Um flagrante impressionante mostra o momento em que um rato-do-campo vira “almoço” de uma sucuri-amarela, na fazenda San Francisco, em Miranda, região do Pantanal sul-mato-grossense. A sucuri gigante, de aproximadamente 4 metros de comprimento, ficou cerca de 15 minutos se alimentando do animal.
Guia de turismo há mais de 15 anos na região, Roberta Coelho, 39 anos, descreve que o registro da sucuri se alimentando é algo “raro”. Segundo ela, mesmo tendo familiaridade com os animais silvestres, o momento foi de emoção.
O flagrante aconteceu durante um passeio com 27 turistas no Pantanal. Os visitantes ficaram encantados com a beleza e a proximidade da sucuri, que não se importou com a presença deles
“Foi um momento muito especial, estava guiando um safári, quando percebi algo amarelo brilhando na trilha. Paramos e vimos que era uma sucuri que tinha entrado no meio da vegetação para predar um rato-do-campo”, disse ao g1.
Roberta destaca que o vídeo foi gravado após um tempo de observação e respeito ao animal. A guia pontuou que o turismo feito na região do Pantanal de Mato Grosso do Sul é o de contemplação, sendo realizado apenas avistamentos.
“Ficamos alguns minutos admirando a sucuri, mas sempre respeitando o espaço dela. Seguimos alguns protocolos de não tocar na fauna e flora da região”, disse.
De acordo com o biólogo Pedro Guimarães, o processo de digestão da serpente pode levar semanas, o que varia de acordo com o tamanho da presa. “O processo de digestão da sucuri é longo, e pode levar mais de 20 dias. Como ela predou um rato, o processo não deve ser mais rápido”, disse.
A sucuri é uma cobra da família Boidae, pertencente ao gênero Eunectes e sua distribuição geográfica é restrita à América do Sul. Apesar de não serem ágeis em ambiente terrestre, elas são muito rápidas dentro d’água podendo ficar até 30 minutos sem respirar.