Maior planície alagada do mundo com paisagens que tiram o fôlego de qualquer um, o Pantanal tem sofrido impactos severos em consequência das queimadas dos últimos anos e da seca antecipada em 2022. Instituições de Mato Grosso do Sul ligadas à preservação do meio ambiente alertam para a situação que pode se agravar neste ano.
Em alerta publicado neste mês, o Instituto SOS Pantanal, uma das principais entidades na promoção de conservação do bioma, afirma que o risco para incêndios na planície está no nível ‘muito acima do esperado’ desde o início do ano devido à antecipação da seca.
Tradicionalmente, o bioma que no Brasil possui extensão de 151 mil quilômetros quadrados tem os períodos de seca e cheia bem definidos, mas essa realidade vem mudando. A cheia do Pantanal ocorre entre os meses de novembro a março e a seca de abril a setembro, chegando em seu ápice entre agosto e setembro.
Mas nos últimos anos o período de seca tem começado cada vez mais cedo devido aos baixos volumes de chuvas e em consequência de incêndios frequentes. Em 2020, o bioma enfrentou a pior queimada de sua história, que causou perda de 26% do bioma. Estima-se que 10 milhões de animais morreram e 4,6 bilhões tenham sido afetados pelas chamas que invadiram o habitat.
Só em Mato Grosso do Sul, os incêndios destruíram 1,7 milhão de hectares desde novembro de 2020.