Depois de resgatar famílias de ribeirinhos do fogo, Bombeiros devem montar uma base avançada para atuação no incêndio no Pantanal sul-mato-grossense. Os militares começaram a se preparar no início da manhã desta segunda-feira (27), com equipamentos e mantimentos para se estabelecerem no local.
Nesta manhã, as equipes abasteceram três barcos com mantimentos e equipamentos para montar a base avançada para os Bombeiros em uma propriedade rural próxima ao fogo. A ideia é que os militares fiquem no local 24 horas por dia, atuando no combate às chamas dia e noite.
Quem explica melhor a estratégia é o tenente-coronel Meirelles. “Fizemos contato prévio com os fazendeiros, proprietários de terras rurais, por um local adequado para pernoitar, onde teremos comida, possamos beber água e utilizar o banheiro”, relata.
Com a base avançada, os Bombeiros terão mais tranquilidade para atuar na região atingida pelo fogo e onde os ribeirinhos correm até risco de vida. “A gente vai para a baía Tuiuiú e não sabemos quando vamos voltar”, disse o tenente-coronel.
Com a ventania, a região da baía do Tuiuiú foi bastante afetada e os focos de incêndio se multiplicaram. Por isso, os Bombeiros serão empenhados para atuar na região. Sobre a região do Paraguai-mirim, onde os Bombeiros atuavam no domingo (26), a situação está melhor. “Está bem mais controlado, vamos atrair duas equipes que estavam lá para [atuar na] baía do Tuiuiú”.
Resgate das famílias no Pantanal
A madrugada desta segunda-feira (27) foi um verdadeiro pesadelo para os ribeirinhos na região da baía do Tuiuiú no Pantanal de Corumbá, a 425 quilômetros da Capital. Os incêndios, que já estavam muito intensos neste fim de semana, se espalharam ainda mais por conta da ventania. Para se ter uma ideia, o incêndio estava presente em um lado da margem do rio Paraguai, mas a ventania fez com que as labaredas atravessassem os 266 metros de largura do rio e chegassem à outra margem, colocando a vida de muitas famílias em risco.
O Corpo de Bombeiros foi acionado por volta da meia-noite, quando famílias pediram por resgate. O fogo já estava muito próximo das casas e ameaçava não somente a moradia, mas a própria vida dos ribeirinhos. Havia crianças e idosos no local, que já inalavam a fumaça há bastante tempo.