Uma operação precisou ser montada na Ilha do Bananal para resgatar peixes encalhados em lagoas que secaram nos últimos meses. A situação foi registrada na maior ilha fluvial do mundo, com cerca de 20 mil quilômetros quadrados de área, cercada pelos rios Araguaia e Javaés.
A dúvida é porque as lagoas viraram poços de lama mesmo diante de tanta abundância de água. O chefe de esquadrão PrevFogo/Ibama Sidney de Oliveira Silva, explicou que essas lagoas são formadas pela água da chuva, mas que há anos não secavam. Em 2023, a seca prolongada provocou consequências para a ilha.
“A Ilha do Bananal é uma área alagadiça, então ficam muitos espelhos de água no período da enchente. Esses lagos há alguns anos não secavam, mas passaram a secar. São lagos que ficam com grande acúmulo de água e peixe. Com a estiagem prolongada, esses lagos menores começaram a secar”, explicou.
O trabalho foi realizado por equipes do Prevfogo/Ibama após diversos peixes serem encontrados mortos. A força tarefa foi montada para o resgate de pirarucus que ainda sobrevivem em lagos da região. Nesta semana, pelo menos 100 peixes foram resgatados.
O PrevFogo já realiza a prevenção e o combate aos incêndios florestais no período de seca, entre junho e setembro. Nesse período, eles também fazem o monitoramento dos lagos. A equipe que trabalha na região nordeste da ilha é formada também por indígenas, que ajudam nos resgates.
Sidney explicou que a equipe retirou os peixes da lama e os colocou em contêineres, onde foram transportados até os rios.
“A gente pega esse pescado, tira ele da região que está sufocado, transporta nos contêineres usando os veículos do Ibama. Até o rio, ele é colocado para poder descansar, depois de 1h ou 2h de descanso, a gente tira a tela e faz a soltura para que ele possa seguir o ciclo da vida em segurança. Se a gente não deixa ele descansar, as piranhas, os jacarés, os predadores imediatamente acabam com eles”.
Fonte: g1/ML