A ONU exigiu, nesta terça-feira (25), a libertação imediata do jornalista opositor detido em Minsk após o desvio de um avião pelas autoridades bielorrussas e exigiu provas de que não foi torturado.
“Exigimos a libertação imediata de Roman Protassevich e de Sofia Sapéga (sua namorada), que devem ter permissão para chegar ao destino pretendido na Lituânia”, declarou um porta-voz do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos, Rupert Colville.
“Tememos pela segurança de Roman Protassevich e desejamos obter a garantia de que ele será tratado com humanidade e não será submetido a maus-tratos ou tortura”, acrescentou ele, durante uma coletiva de imprensa em Genebra.
O porta-voz considerou que a aparição do jornalista na televisão estatal na segunda-feira à noite “não foi tranquilizadora, em razão dos aparentes hematomas em seu rosto e da alta probabilidade de que sua aparição não tenha sido voluntária e que sua ‘confissão’ tenha sido obtida à força”.
“Essas confissões forçadas são proibidas pela Convenção contra a Tortura”, recordou.
As autoridades bielorrussas são acusadas de terem desviado um voo comercial da companhia aérea irlandesa Ryanair, que efetuava a rota Atenas-Vilnius, para Minsk justificando uma suposta ameaça de bomba para poder prender Roman Protassevich, jornalista opositor de 26 anos que estava a bordo.