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Bolsonaro alfineta Reinaldo sobre ICMS que deixa gasolina mais cara em Mato Grosso do Sul

Por Redação

Em 14 de maio de 2021

Presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em discurso durante evento em Terenos – Foto: Marcos Ermínio, Midiamax

Durante evento em Terenos nesta sexta-feira (14), o presidente Jair Bolsonaro comentou, a pedido de apoiadores na plateia, sobre o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) da gasolina. Em Mato Grosso do Sul, a alíquota chega a 30% e o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) é criticado pela alta que, somada aos reajustes da Petrobras em alguns casos, fez com que o preço do litro chegasse a R$ 6 em algumas cidades.

O aumento do imposto sobre a gasolina, de 25% para 30%, se deu em novembro de 2019 quando Reinaldo propôs e a Assembleia Legislativa aprovou o salto na alíquota de ICMS. A justificativa seria incentivar o consumo de etanol, cujo percentual passou de 25% para 20%.

“Falei com Arthur Lira [presidente da Câmara dos Deputados], não sou contra valor fixo do ICMS que cada estado coloca, mas queria um valor justo a título de ICMS. Que Mato Grosso do Sul cobre R$ 3 e São Paulo R$ para quem abastece escolher onde colocar. O que não pode é me culpar pelo valor da gasolina”.

O chefe do Executivo federal citou, ainda, preço do botijão de gás, hoje em R$ 42 na origem, para traçar paralelo com a política fiscal adotada entre estados e governo federal. “Estamos trabalhando, dá para diminuir. Pis, Cofis do Diesel aumentou. Diminuí, mas aí outros governadores foram lá e aumentaram o ICMS da gasolina. Não adiantou p**** nenhuma eu diminuir”.

Depois, alfinetou – ausente no evento desta sexta-feira, o governador de Mato Grosso do Sul foi lembrado por Bolsonaro. “Eu não vou falar bem nem mal do Azambuja, mas, para o futuro governador de MS, levem em conta isso [eleitores] para votarem”. Na visita presidencial em agosto passado, o chefe de MS participou e foi bastante vaiado pelo público.

Bolsonaro chegou por volta das 9h30 na Base Aérea de Campo Grande e, de lá, foi para Terenos em um helicóptero. A agenda tratou-se de assinatura de títulos de propriedade rural no Assentamento Santa Mônica. Participaram autoridades do Estado, como o senador Nelson Trad (PSD), senadora Soraya Thronicke (PSL), deputados federais e estaduais Luiz Ovando (PSL), Beto Pereira (PSDB), Coronel David e Paulo Corrêa (PSDB).

Entre as mais altas do Brasil

Quando aprovada em 2019, a alíquota do ICMS de MS chegou a ficar como a terceira mais alta do país. Isso fez com que o consumo de gasolina pelos motoristas de Mato Grosso do Sul recuasse 14,3% em janeiro deste ano, se comparado com o mesmo mês de 2020. A queda se consolida em meio a protestos contra a alíquota de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre o combustível no Estado, hoje em 30%, quinta mais alta do País.

Segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), as distribuidoras repassaram aos postos 54,1 mil metros cúbicos de gasolina em janeiro, equivalentes a 54,1 milhões de litros. O número é o menor para o mês desde 2012, quando foram vendidos 48,5 mil m³.

Em janeiro do ano passado, 63,1 mil m³ haviam sido movimentados. Com a diferença nas vendas de um ano para o outro, de 9 milhões de litros, seria possível encher o tanque de 192 mil carros populares.

A queda no consumo de gasolina no Estado vai na contramão da variação nacional, que praticamente manteve o mesmo volume movimentado em janeiro de 2020. Na região Centro-Oeste, só o Distrito Federal (-11%) também registrou baixa nas vendas.

De acordo com a ANP, o preço médio da gasolina nas bombas de Mato Grosso do Sul ficou 23 centavos mais caro só em janeiro. Além da tributação estadual, reajustes da Petrobras nas refinarias para acompanhar a alta nas cotações internacionais do petróleo também contribuíram para o aumento.

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