O vizinho da mulher que matou a filha de 5 meses afogada no banheiro relatou a polícia que ouviu o chuveiro da casa em que o crime aconteceu ligado por quatro horas e chegou a desligar o registro na tarde desta terça-feira (22), no Jardim Jacy, em Campo Grande. Crime foi descoberto após a menina ser levada pela mãe, identificada como Gabrielle Paes da Silva, de 21 anos, a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Jardim Leblon.
Policias militares conversaram com o homem depois que o crime foi descoberto. Ele relatou que saiu de casa às 10 horas e escutou o chuveiro da casa ligado, retornou por volta das 14 horas e percebeu que a água continuava a cair e resolveu desligar o registro geral. Quando fez isso notou que a criança estava chorando.
Horas antes o pai da menina também esteve na casa. Ele contou a polícia que o portão estava trancado com o cadeado para dentro, que chamou pela ex-namorada, mas não foi atendido, ouviu apenas a filha chorando. A delegada responsável pelo caso, Fernanda Piovano, relatou ainda que Gabrielle estava estranha há alguns dias e não deixava ele ver a bebê.
Conforme o boletim de ocorrência, a menina foi levada para a unidade de saúde depois que duas amigas da mãe notaram a bebê “muito quieta” dentro do carrinho e notaram que ela estava “gelada”. Os exames médicos constataram que a criança estava morta há algum tempo. Ela ainda apresentava sinais claros de estupro: lesões graves no ânus e na vagina, sangramento e rompimento do hímen. Cabelo humano, de adulto, também foi encontrado na vítima.
A mãe da menina negou saber de qualquer lesão na filha e chegou a falar que foi a única a ter contato com ela. O registro policial diz que Gabrielle apresentou “versões desconexas” e por fim assumiu ter assassinado a criança sozinha. Detalhou que afogou a menina em “um cano de água para tirar o chip da besta da cabeça dela”.
De acordo com a polícia, a suspeita é usuária de drogas e afirmou apenas já ter consumido maconha. Mesmo diante da versão “fora da realidade”, a delegada da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), relatou ao Campo Grande News que a suspeita não aparenta sofrer de transtornos mentais.
Caso será investigado pela Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente).