
O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) investiga o desvio de R$ 5,4 milhões destinados à aquisição de equipamentos hospitalares para o Hospital Elmíria Silvério Barbosa, no município de Sidrolândia. A suspeita de fraude motivou a deflagração da Operação Dirty Pix na manhã desta terça-feira (18), com o cumprimento de 18 mandados de busca e apreensão em Sidrolândia e Manaus (AM).
Entre os alvos estão vereadores, ex-vereadores e a vice-prefeita de Sidrolândia.
Conduzida pelo Grupo Especial de Combate à Corrupção (GECOC), em apoio à 3ª Promotoria de Justiça do município, a ação teve suporte operacional dos grupos Especiais de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) de Mato Grosso do Sul e do Amazonas. A investigação mira crimes de peculato, corrupção ativa e passiva, além de lavagem de dinheiro.
Segundo o MPMS, o Estado repassou o valor para a compra de um aparelho de ressonância magnética e um autoclave hospitalar. Parte desse montante, porém, não teria sido aplicada na finalidade prevista. As apurações indicam que a administração do hospital, em conluio com a empresa fornecedora, desviou recursos e pagou vantagens indevidas a vereadores da cidade.
Ainda conforme os investigadores, o repasse das propinas foi feito por meio de várias transferências via Pix, realizadas diretamente ou por intermediários ao presidente do hospital e aos parlamentares envolvidos.
Entre os alvos estão:
Cristina Fiuza (vice-prefeita)
Cleyton Martins Teixeira (secretário de Desenvolvimento Rural)
Enelvo Felini Júnior (secretário de Desenvolvimento Econômico)
Adavilton Brandão (vereador)
Izaqueu de Souza Diniz (vereador)
Cledinaldo Marcelino Costócio (vereador)
Ademir Gabardo (ex-vereador)
Eliel da Silva Vaz (ex-vereador)
A operação recebeu o nome Dirty Pix, “pix sujo”, em tradução literal, em referência ao método utilizado para movimentar o dinheiro supostamente desviado.
CE/ML








