Mesmo sem a confirmação de casos da Ômicron em Mato Grosso do Sul, o secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, afirma que, pelo cenário de “aumento exponencial” de casos da doença, é muito provável que a variante já seja predominante no Estado.
Isto porque a Ômicron é mais contagiosa e os casos confirmados mais do que dobraram a partir de dezembro, quando houve a confirmação da transmissão comunitária da variante em São Paulo, estado vizinho de MS.
“A gente não tem ainda a comprovação laboratorial, mas tudo leva a crer que a variante Ômicron já é predominante aqui no Mato Grosso do Sul”, disse Resende, na manhã desta segunda-feira (10).
“Estamos esperando o sequenciamento, que é feito no Instituto Adolf Lutz, em São Paulo, para que a gente possa publicizar a toda a população esse resultado”, acrescentou.
O número de casos positivos saltou da casa das dezenas para mais de 1 mil em poucos dias.
Só em Campo Grande, a procura por testes aumentou mais de 100%, com filas de espera de mais de três horas.
Também houve aumento na procura por atendimento de pessoas com sintomas de doenças respiratórias nas unidades de saúde.
Isto porque, além do novo aumento nos casos de Covid, o Estado também enfrenta epidemia de Influenza H3N2, que já causou 12 mortes em menos de um mês.
Segundo o secretário de Saúde, apesar do aumento de testes positivos, ainda não foi verificado aumento expressivo de internações por Covid-19 no Estado, o que também pode ser um indicativo da predominância da Ômicron, que tem causado poucas internações no País.
Mesmo assim, como os casos continuam em alta, a situação dos leitos hospitalares é monitorada, para evitar que o sistema de saúde entre em novo colapso.
“O número é muito grande da doença nos últimos dias, mas o número de internações e de óbitos não cresceram com muita expressão, felizmente”, disse Resende.
“A doença ela tá se mostrando mais leve nos quadros e a maioria das pessoas está sendo encaminhada para o isolamento nas suas residências”, completou o secretário.
No entanto, Resende reforça para que as pessoas mantenham os cuidados preventivos, como o uso de máscara, distanciamento social e regras de higiene.
Além disso, ele fez um apelo para que a população que ainda não tomou a vacina, procure uma unidade de saúde ou um polo de vacinação para se imunizar.
Segundo ele, o aumento de casos de Covid e Influenza já fez com que aumentasse a procura por vacinas, mas ainda há uma parcela grande da população que não tomou a primeira dose ou não completou o ciclo vacinal.
“Faça sua vacina, suas doses de reforço, porque só assim vamos evitar de novo uma onda que pode impactar e muito e fazer uma pressão muito grande nos serviços de saúde”, pediu o secretário.
Além disso, Resende pediu para que as pessoas que tenham sintomas da doença, façam o teste, para que com o resultado medidas sejam tomadas, como acompanhamento médico, isolamento e monitorando de contatos.
Nesta manhã, 80 mil testes foram enviados para os 79 municípios do Estado. A Secretaria Estadual de Saúde (SES) aguarda ainda o envio de novos testes pelo Ministério da Saúde, para ampliar a testegem.
