Sebrae
Ceres Pet Shop
Zito Gás

PUBLICIDADE

COP

‘Tomo a mais barata, mas não paro de beber’: alta no preço da cerveja não assusta consumidores em Campo Grande

Por Redação

Em 30 de setembro de 2021

Cervejinha não deve ser deixada de lado após alta no preço em outubro – Henrique Arakaki / Midiamax

A maior produtora de cerveja do Brasil, a Ambev, anunciou que o preço da cerveja vai subir cerca de 10% a partir de outubro. A alta, entretanto, não preocupa e consumidores afirmam que irão continuar bebendo, nem que seja a marca mais barata.

“Não vou diminuir a bebida, não. Vou procurar a cerveja mais barata”, declarou o aposentado Antônio Guerra, de 75 anos, que estava aproveitando a manhã quente de quinta-feira para tomar uma gelada em um bar no Centro de Campo Grande.

Para Marcelo Cavalcante, 50, e Wilson Neto, 41, que estavam se refrescando com uma cervejinha nesta manhã, o aumento não é bem-vindo, porém, não irá mudar os hábitos da dupla. “Ruim mesmo é para quem toma Heineken, a gente vai na baratinha mesmo”, disse Marcelo.

Já Wilson avaliou, em tom de brincadeira, uma possível manifestação. “Aumentou a gasolina e ficamos de boa, aumentou a carne e ficamos de boa, mas se aumentar a cerveja, vamos ter que ir para a rua”, brincou.

Para os dois, o aumento vai pesar no bolso, mas não será motivo para diminuir a quantidade de bebida ingerida. “É mais uma coisa para pesar no orçamento. Carne e transporte estão caros, agora a bebida. O salário não acompanha, mas não vamos diminuir ainda não”, pontuaram.

Conformado, Eder Gomes, 40, já estava por dentro do reajuste no preço da cerveja e reclamou. “O problema é que só o salário não aumenta, mas é a realidade, tudo aumenta. Temos que nos acostumar e nos adaptar”, comentou.

Diante do cenário de inflação, Eder já cogita diminuir a cervejinha. “O que pode diminuir é parar de tomar aquela só para molhar o bico e tomar em dias de churrasco, mas parar de tomar, não, pois não pesa tanto no orçamento”, finalizou.

Clientela fiel

Do outro lado do balcão, os proprietários de bares e conveniências estão tranquilos com o reajuste.

É o caso de Márcio José Vieira, que é sócio de uma conveniência. “O cliente reclama um pouco no começo, mas depois ele se acostuma. Ele deixa de comprar a carne de 1ª no açougue para comprar de 2ª, mas não deixa de comprar a cerveja. As pessoas não param de beber, pode mudar a marca, mas parar, não para, não”, observou.

Dono de uma lanchonete no Centro, Márcio Okama também prevê certa resistência no começo. “Se der uma diminuída [no consumo] vai ser no comecinho, depois o pessoal se adapta e volta a beber normal”, avaliou.

Ainda conforme o empresário, o cliente deixa de comer, mas não de beber. “Antes da pandemia, eu fazia um pagode aqui e a galera deixava de comer. O que ia gastar com comida, gastava tudo em bebida. É igual cigarro, pode ter aumento que for, mas o impacto é só no começo”, prevê.

Deixe seu comentário...
Notícias de Coxim e Mato Grosso do Sul. PROIBIDA A REPRODUÇÃO sem autorização. JORNAL COXIM AGORA LTDA. CNPJ: 40.892.138/0001-67 – Últimas notícias de Coxim, Sonora, Pedro Gomes, Alcinópolis, Rio Verde de MT (MS), Costa Rica, Camapuã, São Gabriel do Oeste e Figueirão.
Crédito: Coxim Agora.