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Tenente-coronel, subtenente, sargento e 2 cabos da PM de MS viraram réus por baterem em jornalista

Por Redação

Em 13 de novembro de 2023

Policiais invadiram a casa do jornalista, o arrastaram para a rua e o jogaram no chão – Reprodução

Tenente-coronel da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, José Roberto Nobres de Souza e outros quatro militares que agiram em nome dele num episódio de agressão contra um jornalista, no início de junho passado, cinco meses atrás, em Nova Andradina, cidade distante 300 km de Campo Grande, viraram réus por determinação da Justiça Militar.

O Ministério Público Militar foi quem denunciou os agressores.

Sandro de Almeida Filho, 46, o jornalista agredido, logo depois do episódio, disse ao Correio do Estado, em junho, que era perseguido pelo tenente-coronel, que comandava a PM em Nova Andradina, havia anos.

Em reportagens que seriam “negativas” às ações da corporação, o oficial quis pressionar o jornalista questionando-o sobre os nomes das fontes que sustentavam o material jornalístico. Numa das ocorrências, o militar denunciou o jornalista no MPMS, que encerrou o caso por não enxergar erro na conduta de Sandro Almeida.

No dia da agressão, o jornalista disse que guiava seu carro pelas ruas centrais da cidade e percebeu que era seguido. Ele retornou para a casa, mas a escolta continuou.

Assim que entrou em casa, os militares, que não vestiam farda invadiram o imóvel e, de lá, tiraram o jornalista à força. Na calçada, o derrubaram no chão. A cena foi gravada por câmeras de segurança.

Ainda no dia da agressão, o tenente-coronel cumpria seu último expediente por ter sido transferido a mando do comando da PM.

Fogos de artifício estariam pipocando pela cidade e o ato seria um manifesto festivo pela transferência do oficial. Ao ser abordado, imobilizado e derrubado no chão, os PMs à paisana foram até o carro do jornalista atrás dos rojões, mas nada encontraram.

DENÚNCIA

Os militares implicados no caso foram denunciados por abuso de autoridade, lesão corporal leve, constrangimento ilegal e falsidade ideológica.

A questão da falsidade ideológica tem a ver com um boletim de ocorrência produzido pelos denunciados que, segundo a denúncia, “alteraram a verdade sobre fato juridicamente relevante”.

FICHA CORRIDA

O tenente-coronel José Roberto Nobres de Souza, já foi denunciado por peculato e falsidade ideológica no Ministério Público Militar.

Contra o subtenente José dos Santos de Moraes, há cinco registros de punição disciplinar desde que ingressou na carreira militar.

Já o terceiro sargento Marco Aurélio Nunes Pereira, respondeu a dois registros de punição disciplinar.

Cabo Luiz Antônio Graciano de Oliveira acumula nove registros de punição disciplinar. E o cabo Elizeu Teixeira Neves, um registro de punição disciplinar na carreira militar.

MOTIVO DA AGRESSÃO

Sandro revelou ao Correio do Estado que há três anos, por força de reportagens publicadas por ele, o comandante da PM local o persegue. “Ele [comandante] quer saber o nome das fontes com as quais converso para produzir as reportagens policiais. Ora, é direito meu em preservá-las”, contou o jornalista, que não carregava rojões, conforme a batida policial feita em seu veículo.

O jornalista afirmou ainda que o comandante da PM o denunciou por “não revelar as fontes” por duas ocasiões. Numa delas, disse Sandro, o Ministério Público Estadual arquivou depois de ouvi-lo. Há, ainda, um procedimento que responde na Polícia Civil pelo mesmo motivo: resistência em revelar as fontes para a produção de reportagens.

Pelo divulgado nos sites da região, os PMs que agrediram o jornalista seriam um que estava de folga, outro afastado do trabalho por força de atestado médico, um que cumpria expediente e mais outro policial que atua em cidade vizinha.

O carro que os PMs usaram para perseguir e atacar o jornalista, embora descaracterizado, seriam usados pelos militares em casos de investigação.

SEM MANIFESTO

Desde o episódio da agressão, o jornal tentou conversar com o tenente-coronel, sem sucesso. Os outros denunciados, também não foram localizados pela regortagem. Assim que houver manifesto, este material será atualizado.

Fonte: Correio do Estado

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