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Sem seguro no Camelódromo, só uma loja perdeu R$ 40 mil durante incêndio

Por Redação

Em 12 de fevereiro de 2024

Seis boxes foram destruídos pelas chamas de atingiu o local na tarde de domingo (11) (Foto: Henrique Kawaminami)

Incêndio que começou por volta das 16h30 deste domingo (11), no Camelódromo de Campo Grande, destruiu seis boxes e causou prejuízo de mais de R$ 40 mil para comerciantes. O prédio não possui seguro por causa de “problemas na fiação elétrica e outras questões documentais”, segundo o presidente da Associação de Vendedores do Camelódromo, Narciso Soares.

A atividade comercial no local estará suspensa por hoje, para eles reorganizarem a estrutura afetada pelo fogo e fazer a limpeza e os reparos necessários. Na terça-feira (13), o Camelódromo já estaria fechado, por conta do Carnaval. A previsão é que as atividades retornem na quarta-feira (14), após as 13h.

De acordo com o relato da comerciante Cicera Jesuíno dos Santos, 52, a irmã dela foi uma das lojistas que teve o box incendiado. Ela vende brinquedos e estima prejuízo de mais ou menos R$ 40 mil só em produtos, fora a estrutura que ainda precisa ser avaliada para estimar o prejuízo.

Segundo a comerciante, o box não possui seguro. Apesar de a recomendação da gerência do prédio ser de que os comerciantes paguem seguro individual para seus boxes, Cicera explica que “não conseguimos colocar seguro porque a estrutura da fiação elétrica do prédio precisa ser mudada”.

O investimento em um box no prédio custa entre R$ 20 mil e R$ 30 mil. “Minha irmã tem suporte familiar, mas com certeza vai precisar dar uns pulos para resolver essa situação”.

Segundo a comerciante, que também possui um box dentro do complexo de lojas, ela estava em casa quando recebeu mensagens, informando que o camelódromo estava pegando fogo. “Passou mal na hora, porque imaginava que tudo estava queimado. Mas logo depois fiquei sabendo que o fogo estava do outro lado. Apesar de eu não ter seguro, tenho uma reserva de emergência para casos como esses”.

Gilson Rodrigues das Neves, 60, apareceu hoje para trabalhar e se deparou com as portas fechadas e o local isolado. “Ontem quando recebi a mensagem achei que o camelódromo todo estaria pegando fogo, mas logo depois fiquei sabendo que foi só alguns boxes”.

Ele é vendedor de produtos eletrônicos e disse que está à espera de o chefe chegar. Felizmente, o box onde ele trabalha não foi afetado pelo fogo. Os comerciantes ainda não foram autorizados a entrar no local, pois será necessário esperar a chegada da perícia.

Conforme o presidente da Associação de Vendedores do Camelódromo, Narciso Soares, o camelódromo conta com estrutura para conter incêndios, além de uma caixa d’água exclusiva para isso. Na hora que começou o fogo, dois vigilantes sentiram o cheiro da fumaça, foram até administração, pegaram um pé de cabra e estouraram o cadeado do box que estava pegando fogo para tentarem conter o incêndio com extintores.

“Mas como as chamas estavam muito altas, eles não conseguiram controlar, e foi aí que os bombeiros foram acionados. Mas o trabalho desses dois funcionários foi essencial para evitar que propagasse para outras lojas. Sobre o prejuízo, ainda não consigo estimar, porque cada lojista terá que fazer sua contagem”, diz Narciso.

O presidente da associação disse que os comércios atingidos são quatro que vendem roupas; um que vende brinquedos; e outro que presta serviço de assistência técnica de celulares. Após o incidente, o presidente garante que irá investir em melhorias para a prevenção de incêndios no prédio, que pertence à Prefeitura de Campo Grande.

Fonte: CGN/ML

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