Em estágio de colapso, o sistema de saúde de Campo Grande opera além da capacidade, com pacientes positivos para Covid-19 alocados indevidamente em Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). Semelhante ao registrado em Manaus (AM) no início do ano, enfermos à espera de uma vaga hospitalar já morreram na Capital sem o devido atendimento. Este é o caso de Dilse Silva Martins, 82 anos.
A aposentada que estava internada desde o dia 24 de maio na UPA da Vila Almeida faleceu na madrugada do sábado (5). Sua filha Tânia Mara Martins da Silva relatou ao Correio do Estado que, após dois dias no oxigênio, a família começou a buscar meios para garantir a transferência da idosa.
Apesar de conseguirem na Justiça o direito de uma vaga hospitalar três dias depois da internação, a transferência não se tornou uma realidade. “Fiz de tudo, ligava na promotoria todos os dias, minha mãe ficou intubada na UPA por nove dias enquanto seu caso piorava e os jovens eram transferidos”, afirmou Tânia.