O pré-candidato ao governo de Mato Grosso do Sul pelo MDB, André Puccinelli, disse que irá esperar a definição dos pré-candidatos à presidência para definir quem subirá em seu palanque no Estado, mas não garantiu que Simone Tebet estará nele.
Na última segunda-feira (20), o ex-ministro da Secretaria de Governo na gestão de Michel Temer, o ex-deputado Carlos Marun (MDB) garantiu que, embora ainda sem data para conversa oficial, a senadora Simone Tebet (MDB) teria palanque em Mato Grosso do Sul junto ao ex-governador André Puccinelli.
Nesta quarta-feira (22), em reunião do partido, Puccinelli não confirmou a informação.
“O Marun fala por ele, eu falo por mim e o partido fala por todos”, disse, acrescentando que não tem se encontrado com a pré-candidata a presidência, mas que se falam por redes sociais.
“Tem que esperar definir os quadros, depois de definidos, o partido tendo seu candidato vai ser apresentado como do partido, mas dando liberdade por democracia. Vamos respeitar as opiniões, sugerindo, mas não impondo”, afirmou.
Com relação ao vice, Puccinelli não antecipou nenhum nome, se limitando a dizer que pode ser homem ou mulher e que será apresentado na convenção do MDB, no dia 5 de agosto.
Cenário
Simone Tebet foi escolhida como pré-candidata para disputar a Presidência da República com apoio do PSDB e Cidadania, dando forma à terceira via.
No entanto, embora aliança nacional tenha sido firmada, regionalmente o cenário não é o mesmo.
O PSDB tem o ex-secretário de governo Eduardo Riedel como pré-candidato. O tucano apoia o nome de Jair Bolsonaro (PL) para reeleição e tem acompanhado a ex-ministra da Agricultura, deputada federal e pré-candidata ao Senado Tereza Cristina (PP) nas andanças pelo Estado.
A parlamentar está sendo cotada como possível vice na chapa de Bolsonaro.
Em declaração ao Correio do Estado, Marun disse que não é um problema.
“Deve ser compreendido que nessas candidaturas podem ter partidos que tenham outros candidatos a presidente e poderão utilizar esses palanques para fazer a exaltação desses candidatos”, avaliou.
Puccinelli e Simone foram parceiros de governo no mandato de 2011 a 2015, como governador e vice-governadora.
A parceria, no entanto, desandou quando Simone voltou atrás na candidatura ao Executivo na qual substituiria Puccinelli, que foi preso pouco antes do início da campanha eleitoral de 2018.