Na última quarta-feira (26), o Conselho Superior da Polícia Civil deliberou e aprovou a implantação de um projeto que visa a realização obrigatória de avaliação psicológica e física ocupacional periódica entre os policiais.
De acordo com Jorge Razanauskas Neto, delegado e relator do projeto, a proposta será encaminhada à Assembleia Legislativa, e após a sanção do governador do Estado irá integrar a Lei Orgânica da Polícia Civil. A deliberação foi publicada no Diário Oficial do Estado nesta terça-feira (01).
Razanauskas explicou que a ideia é realizar avaliações anuais em policiais que exercem atividades em unidades operacionais e bianual para os administrativos e de última classe.
“Visando a saúde mental e física, a intenção é que a avaliação seja anual para os policiais que exercem atividades em unidades operacionais e bianual para os administrativos e de última classe. A proposta do Conselho é que esta avaliação seja um pré-requisito para a promoção”.
O delegado também explicou que caso exista qualquer tipo de alteração na avaliação, o profissional não deixará de ser promovido, mas receberá atendimento específico para sanar qualquer transtorno que altere sua qualidade de vida ou o seu desempenho profissional.
O trabalho policial exige um perfil psicológico bem definido, com controle emocional, controle de agressividade, boa tolerância à frustração, inteligência emocional, habilidades para o trabalho em grupo, liderança, dentre outras características. Conforme a deliberação do Conselho, é indispensável ao profissional o vigor físico, resistência, agilidade, equilíbrio emocional, força e destreza corporal.
Apesar dos testes físicos e psicológicos estarem previstos na Lei Complementar (nº 114/2005), que trata da assistência aos integrantes da Polícia Civil, o acompanhamento não tem sido desenvolvido de forma sistêmica. Ao ingressar na Instituição, durante o processo de seleção, são aplicados os filtros para os novos policiais, assim como durante o curso de formação. Porém, no decorrer da carreira não é realizada nenhuma outra avaliação física ou psicológica para o acompanhamento preventivo da saúde do policial e suporte às necessidades.
Para garantir a formação e capacitação continuada e qualificada – mental e física -, o projeto exposto prevê, além da avaliação periódica, a parceria e o convênio com universidades que poderão acrescentar e oferecer acompanhamentos diversos, além do atendimento já realizado pelo CEAPOC (Coordenadoria de Atendimento Psicossocial da Polícia Civil).