Em assembleia realizada na tarde desta quinta-feira (15), os professores da rede municipal de ensino rejeitaram de forma unânime a proposta apresentada pela prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (Patriota), para o pagamento do reajuste de 10,39% de forma parcelada em 2023.
Do percentual exigido, 3,42% seriam pagos em janeiro de 2023 e as outras duas parcelas, de 3,48% cada uma, em março e dezembro do ano que vem. Os valores seriam pagos como auxílio alimentação apenas aos professores em atividade, mas como os valores pecuniários incorporados aos salários.
“A proposta da prefeita ela vem em forma de auxílio alimentação, não incorpora carreira. Ela colocou na proposta uma incorporação futura, mas dentro dessa proposta os aposentados ficaram de fora. Isso divide a categoria, por isso todos reprovaram a proposta da prefeita de forma unânime”, garantiu o presidente da ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública), Gilvano Kunzler Bronzoni.
A categoria vai apresentar uma contraproposta em reunião marcada para amanhã ao Executivo. A sugestão da categoria é a recomposição de 3,42% para janeiro e os outros 6,97% no mês de março, tanto para ativos quanto para os inativos. “Em maio será a nossa data-base 2023, então não podemos acarretar duas recomposições. Isso ainda ajuda a prefeita se organizar em 2023”, avaliou Gilvano.
Pela lei, que foi sancionada em março deste ano, o município pagaria até o fim deste ano 66,91% do piso nacional dos professores, que atualmente está em R$ 3,8 mil. Em outubro de 2023, o valor chegaria a 81,8% e atingiria o teto de 100% em outubro de 2024.
Por enquanto, a paralisação nas escolas da rede municipal estão suspensas. Na segunda-feira (19) será realizada uma reunião entre ACP e Semed (Secretaria Municipal de Educação) para organizar o calendário de reposição. “Uma coisa é certa: os alunos não podem ser prejudicados”, finalizou o presidente da ACP.