Professor de educação física, de 32 anos, foi preso nesta quarta-feira (5), pela Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente). Ele é suspeito de estuprar ao menos cinco meninas, entre 12 e 13 anos, que faziam atividades extracurriculares em uma instituição beneficente de Campo Grande. O nome do local não foi divulgado para preservar a identidade das vítimas.
Nesta quarta, a Polícia Civil foi até a casa do professor para cumprir mandado de busca e apreensão, onde encontrou celular e notebooks que passaram por perícia. No aparelho telefônico foram encontrados vídeos dos atos sexuais e fotos sensuais das crianças. Também foram apreendidos objetos sexuais que ele usava para estuprar as vítimas.
O conteúdo de três computadores de mesa está sendo rastreado.
A delegada Franciele Candotti contou que o homem também dá aulas em uma escola de tênis localizada no bairro Itanhangá Park.
No caso da instituição beneficente, o lar atende crianças carentes com prática de esportes, aulas, informática e atividades extracurriculares. Lá, o acusado trabalhou por sete anos no total. Chegou a ser demitido em 2015, mas foi recontratado pouco tempo depois.
Ainda conforme informações policiais, há 6 anos, o desligamento ocorreu por ter abusado sexualmente de uma aluna, menor de idade, que não teve a idade informada. Na época, ele a puxou pelo braço, tirou a roupa e a obrigou a masturbá-lo. Ela o denunciou e o professor foi condenado pelo crime de estupro de vulnerável, mas conseguiu recorrer em liberdade..
“O que mais espanta é que ele foi demitido em 2016 porque mexeu com uma menina na sala de informática e foi registrado boletim de ocorrência, ele foi condenado e mesmo assim a gerente na época o recontratou e lá ele ficou por mais 6 anos”, lembra à delegada. Segundo ela, a responsável na época acreditou no professor e não na vítima. Em 2019 ele voltou a ser demitido, mas “por problemas administrativos”.
Candotti diz que a partir de então, as denuncias de estupro contra o professor começaram a chegar e a Polícia Civil iniciou as investigações, pedindo a quebra do sigilo telefônico do suspeito.
Conforme informações da delegada, o professor é uma pessoa muito carismática, que conversava para ganhar a confiança das pessoas.
Cinco crianças de 12, 13 e 14 anos foram identificadas como vítimas do professor. Os abusos ocorriam na sala de informática e ele, inclusive, filmava as meninas fazendo sexo oral. A atual diretora reconheceu a sala onde os estupros aconteciam. Um dos detalhes é que o homem compartilhava até senha da Netflix para ganhar a confiança das alunas
O suspeito foi ouvido e alegou que houve consentimento por parte das vítimas, mas como são todas menores de 14 anos, ele irá responder por estupro de vulnerável. Duas meninas já foram ouvidas na Depca e outras três devem ser ouvidas ao longo da tarde desta quarta-feira. O caso foi registrado como estupro de vulnerável e segue em investigação.
A instituição informou que está colaborando com as investigações e prestando todas as informações necessárias para a Polícia Civil.