Um carregamento de 657 quilos de cocaína foi interceptado por agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) nesta quinta-feira (16) na BR-158, próximo a Paranaíba, na região nordeste de Mato Grosso do Sul, onde as descobertas de grandes carregamentos viraram rotina nos últimos anos.
Diferentemente do que normalmente ocorre, desta vez a droga não estava em um caminhão, mas em um compartimento oculto de uma van que supostamente estava transportando placas de energia solar.
A descoberta, segundo nota divulgada pela assessoria da PRF, ocorreu depois que os patrulheiros solicitaram nota fiscal das placas. Como o motorista não apresentou a documentação, o veículo passou por uma vistoria mais detalhada e a droga foi descoberta, informou a nota.
Os policiais tiveram de pedir ajuda de bombeiros para conseguir acessar uma espécie de parede secundária no interior da carroceria da van. O motorista, cuja identidade não foi revelada, foi entregue à Polícia Civil de Paranaíba.
A nota da PRF não informou a suposta origem e também não faz menção sobre o provável destino do carregamento, o maior do ano interceptado em Mato Grosso do Sul. Porém, segundo informações do site jornaltribunalivre, a van saiu de Mato Grosso e tinha como destino o estado de São Paulo.
Apesar de a cidade de Paranaíba ficar a cerca de 700 quilômetros de distância das fronteiras do Paraguai e da Bolívia, a região se caracteriza pelas grandes apreensões de cocaína nos últimos anos feitas pela PRF no Estado.
Em 2023, por exemplo, foram pelo menos oito grandes interceptações na mesma região, sendo aquele posto responsável por cerca de 25% das dez toneladas de cocaína interceptadas naquele ano pela corporação em Mato Grosso do Sul.
Conforme investigações da PRF, boa parte da cocaína apreendida na região entra no Brasil pelo estado vizinho de Mato Grosso, na fronteira com a Bolívia e normalmente segue para o porto de Santos, de onde é enviada para a Ásia ou a Europa.
A PRF não estimou o valor do carregamento interceptado nesta quinta-feira, mas de acordo com estimativas feitas em apreensões anteriores, a van que supostamente transportava placas de energia solar levava cocaína que renderia em torno de R$ 120 milhões, caso chegasse à Europa.
Fonte: CE/ML