Policiais que investigam os assassinatos de pai e filho fazendeiros já sabem quem são os autores dos crimes ocorridos numa propriedade rural das vítimas, situada a uns 20 quilômetros da parte central da cidade de Amambai, na região de fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai, a cerca de 300 quilômetros da capital Campo Grande.
Pelo apurado até aqui, os dois suspeitos, um deles com apenas 16 anos de idade, indígenas, entraram na fazenda com a intenção de roubar gado, mas uma das vítimas o reconheceu, daí os assassinatos.
Desde o dia dos crimes, na sexta-feira (14), pela manhã, policiais militares e civis, com a ajuda de um helicóptero, fazem diligências na região.
Amigos do fazendeiro morto, que era um dos diretores do Sindicato Rural de Amambai, ofertaram R$ 50 mil a quem apontasse pistas dos assassinos.
A polícia alcançou a identificação dos dois suspeitos por meio da fotografia de uma pistola deixada para trás pelos autores.
A imagem da arma foi publicada no site de notícías agazetanews. Depois disso, os policiais, por meio de anônimos, ficaram sabendo de quem era a pistola.
Sabe-se, até agora, que um dos autores pegou a arma de um parente e foi até a fazenda onde ocorreram os crimes.
Os dois índios – um deles seria ex-empregado da fazenda – ao menos até a publicação deste material ainda não tinham sido capturados.
Eles habitam uma aldeia indígena na região de Coronel Sapucaia, também na fronteira com o Paraguai, cidade sul-mato-grossense distante 45 quilômetros de Amambai.
De acordo com os investigadores do caso, o fazendeiro Olenir Nunes da Silva, conhecido como Nego Silva, integrante do Sindicato Rural de Amambai, teria sido morto numa troca de tiros com os bandidos.
O filho de Olenir, o engenheiro agrônomo Antônio Nunes da Silva, de 24 anos de idade, teria sido dominado primeiro pela dupla e mantido trancado num dos cômodos da sede da fazenda.
Em seguida, o pai, Olenir, que estava na cidade, estacionou a caminhonete perto da casa. Ele estaria junto com um dos empregados e logo notou a movimentação dos bandidos.
Houve troca de tiros, e o fazendeiro foi atingido e morreu no local.
O empregado da fazenda, segundo informações apuradas por enquanto e que ainda resta mais investigação, teria conseguido escapar do fogo cruzado, correndo até uma mata fechada.
Depois que notaram ter matado o fazendeiro, a dupla foi até o local onde era mantido o rapaz e o assassinou também. Informações ainda não confirmadas pela polícia, indicam que o rapaz tinha reconhecido um dos bandidos e, por esta razão, teria sido executado.
O matador já teria trabalhado como peão da fazenda.