O piloto ligado ao ex-major Carvalho, Ilmar de Souza Chaves, foi condenado pelo crime de lavagem de dinheiro na última segunda-feira (13). Ilmar teve uma aeronave Cessna, prefixo PRUSS, leiloada. O avião acabou apreendido por uso no transporte de drogas.
Ilmar é ligado ao ex-major Carvalho e já havia sido condenado em 2021 pela Justiça Federal de Ponta Porã.
Na última segunda-feira (13), o piloto foi condenado pela 3ª Vara Federal de Campo Grande a 7 anos e 7 meses de prisão, além de 212 dias-multa por lavagem de dinheiro. A pena deverá ser cumprida em regime inicialmente semiaberto, conforme a sentença.
O avião, modelo Cessna Aircraft 210L, foi recolhido com Ilmar no dia 30 de junho de 2019, durante operação policial realizada em Ponta Porã, município localizado na fronteira com o Paraguai.
Na ocasião, foram apreendidas 23 aeronaves usadas na logística do crime organizado.
A responsável pela aeronave alega que pagou R$ 490 mil, sendo R$ 470 mil em espécie e mais R$ 20 mil que seriam quitados no dia de entrega da aeronave, o que não ocorreu. Ou seja, os vendedores teriam supostamente contratado Ilmar apenas para realizar o ‘amaciamento’ do Cessna durante cerca de 100 horas de voo, quando houve a apreensão.
Em junho do ano passado, o piloto, denunciado nas operações Cavok e Entreprise, teve a pena aumentada pela Justiça Federal.
A decisão de aumentar a pena de Ilmar foi da 5ª Turma do Tribunal Regional Federal. O piloto teve a pena aumentada para 20 anos e 21 dias de reclusão em regime fechado, além de ter cassada sua habilitação para pilotar aeronaves. Antes, a pena havia sido fixada em 17 anos e seis meses de prisão.
Alvo da Operação Cavok
Associado ao narcotraficante Luiz Fernando da Costa, mais conhecido como Fernandinho Beira-Mar, o piloto Ilmar de Souza Chaves foi um dos alvos da Operação Cavok, deflagrada pela Polícia Federal em agosto do ano passado, para desarticular esquema de tráfico internacional de drogas na fronteira com o Paraguai.
Ilmar em outras passagens por tráfico e, em 2010, chegou a ser preso em Laje, distrito de Ibiraci (MG). Ele havia acabado de chegar de Pedro Juan Caballero, no Paraguai, e tentava decolar novamente quando foi flagrado. Em seu histórico, consta atuação com Sérgio Roberto de Carvalho, o major Carvalho, ex-servidor da Polícia Militar envolvido com tráfico de cocaína.
Na Justiça Federal de Mato Grosso do Sul, constam contra Ilmar processos por uso de documento falso, apreensão de bens e tráfico de drogas.
Fonte: Midiamax