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Pela segunda vez no mês, Santa Casa barra entrada de novos pacientes do SUS

Por Redação

Em 27 de abril de 2023

Santa Casa alega que há, pelo menos, 71 pacientes acima da capacidade de leitos nesta quinta-feira – Foto: Divulgação

Pela segunda vez em menos de um mês, a Santa Casa de Campo Grande anunciou que não irá receber nenhum novo paciente nesta quinta-feira (27), alegando superlotação do hospital.

Em comunicado, o hospital alega que enfrenta superlotação constante nos serviços de urgência e emergência no Pronto-socorro adulto e pediátrico do Sistema Único de Saúde (SUS).

No dia 3 de abril, a Santa Casa também deixou de receber pacientes alegando superlotação. Na ocasião, o diretor-técnico do hospital, Willian Lemos, disse ao Correio do Estado que houve aumento na entrada de novos pacientes, impactando no atendimento.

Segundo a Santa Casa, o problema voltou, demandando que a medida fosse novamente tomada. Na manhã desta quinta haviam 71 pacientes além da capacidade de leitos, que é de 26 leitos nas alas impactadas, conforme nota da unidade.

Na área vermelha há 20 pacientes, sendo que a capacidade é de apenas seis leitos. Conforme a Santa Casa, dos 20 pacientes, 16 estão internados aguardando leitos de terapia intensiva e enfermaria, com quatro em estado grave e intubados.

Na área verde do pronto-socorro, são 64 pacientes, sendo 41 internados aguardando leitos de enfermaria e centro cirúrgico ainda sem previsão. Nesta unidade, a capacidade é de sete leitos.

Na área vermelha pediátrica, há cinco pacientes graves e intubados, dois acima da capacidade, que é de três leitos.

Já na área verde, há sete leitos e sete pacientes, todos internados.

Ainda segundo o hospital, dois pacientes estão no centro cirúrgico aguardando vagas, um para enfermaria e outro para o Centro de Terapia Intensiva (CTI), sem previsão de quando haverá liberação para transferência e impossibilitando a utilização da sala para procedimentos cirúrgicos.

Desta forma, a Santa Casa alega que chegou ao limite dos “recursos intra-hospitalares para manutenção mínima da assistência ao paciente, ocasionada pela superlotação do serviço” e, por meio do diretor técnico, resolveu restringir totalmente a entrada de novos pacientes na unidade.

A restrição começou às 9h desta quinta e segue inicialmente pelas próximas seis horas, ou seja, até às 15h, mas o prazo pode ser prorrogado caso a situação não seja minimamente resolvida.

Em nota, a Santa Casa afirma que a situação foi notificada ao Conselho Regional de Medicina (CRM), Ministério Público Estadual (MPMS) e a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau).

O Correio do Estado entrou em contato com a Sesau para saber se a secretaria está ciente e se alguma medida será adotada com relação a superlotação e ao não recebimento de novos pacientes pela Santa Casa, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.

Pediatria

Além das questões de superlotação e não recebimento de pacientes, a Santa Casa informou ainda que não teve devolutiva da Prefeitura de Campo Grande em relação à assinatura do termo aditivo ao contrato já existente, referente a contratação de novos leitos pediátricos para dar suporte à rede pública de saúde.

A previsão é que os leitos fossem abertos no dia 14 de abril, mas até hoje, a disponibilização segue apenas no papel.

O chamamento para contratar leitos pediátricos hospitalares na rede privada foi aberto devido à superlotação de postos de saúde, com filas de espera na rede pública.

O El Kadri chegou a informar que teria como disponibilizar 30 leitos, mas devido à falta de documentos obrigatórios, como a Certidão Conjunta de Débitos relativos a Tributos Federais e à Dívida Ativa da União e o Certificado de Regularidade do FGTS, ficou impossibilitado de participar do chamamento.

A Santa Casa foi o único hospital a apresentar proposta e ofereceu espaço para dez vagas, sob a condição de que o poder público fornecesse equipamentos e profissionais para atender as crianças.

Materiais e equipamentos chegaram a ser levados para a Santa Casa pela Sesau, mas a direção do hospital rejeitou, alegando que os itens eram inadequados para a internação de crianças.

O Correio do Estado também procurou a Sesau, nesta manhã, para saber como está a situação da abertura dos leitos e se há previsão para que sejam disponibilizados, mas não obteve retorno.

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