Análise de imagens de câmera de segurança e do depoimento do pai da criança, de 3 anos, que morreu afogada na madruga desta quinta-feira (5), em residência no Bairro Tijuca, indicam que o menino tentou entrar na piscina para pegar brinquedo que havia caído na água. Pela falta de fiscalização por parte de um adulto, os pais da vítima podem responder por homicídio culposo.
“Sentimos a dor da perda, o choque da família, mas foi falta de cuidado”, destacou a delegada Fernanda Félix, da Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Crianças e Adolescentes). “Foi morte a esclarecer, podendo vir a homicídio culposo”.
No início da tarde de hoje, equipes policias e peritos estiveram na casa da família em busca de informações que possam ajudar a esclarecer o acidente. Conforme a titular da delegacia, apesar do vídeo não mostrar o momento do afogamento, as imagens comprovam que a criança estava sem nenhum responsável por perto.
“Criança não se deixa sozinha, nem por um minuto, mesmo que ela saiba nadar. A gente percebe que afogamento é segunda maior causa de morte de crianças entre crianças de 0 a 14 anos. Quem tem que cuidar são os pais, os responsáveis e, nesse caso, ela ficou 12 minutos sozinha, deu tempo de cair e se afogar”, avalia a delegada.
Segundo ela, o pai, que chegou com o filho em casa, por volta das 23h, conta ter deixado a criança brincando em um pula-pula com uma bolinha. O brinquedo foi encontrado, esta tarde, dentro da piscina que possui 1 metro e 34 centímetros de profundidade, o que aumenta a suspeita de que a criança tentou pegar de volta.
Na região, o acidente deixou vizinhos e comerciantes abalados. “Eu cheguei para trabalhar hoje e fui avisado por um cliente das placas de luto. Só daí fiquei sabendo, porque procurei informação na mídia, o que me deixou muito triste”, comentou comerciante, de 54 anos, que preferiu não se identificar.