Foi divulgado durante a reunião do Centro Integrado de Coordenação Estadual, na terça-feira (27), os dados de focos de calor em Mato Grosso do Sul.
Conforme as informações divulgadas pelo Corpo de Bombeiros Militar, o número de focos de calor tiveram redução de 55% em comparação ao mesmo período registrado em 2020.
Os dados são positivos, pois mostram que as condições climáticas (baixa umidade e alta temperatura) foram idênticas às verificadas no ano passado.
Mesmo com os números positivos, o governo do estado baixou quatro decretos de emergência em vigor pelos próximos 180 dias, todos relacionados aos focos de incêndios ou por consequência das variações climáticas.
Um deles se deve à ocorrência de geadas que afetou com mais severidade a região Sul, outro em decorrência do risco de incêndios florestais, o terceiro devido à estiagem e o quarto, devido à crise hídrica que já afeta, inclusive, a navegabilidade das hidrovias.
A previsão é de que as chuvas em todo o estado ocorrerão em níveis menores nos próximos meses, combinando com temperaturas altas e umidade relativa do ar baixa, o que gera as condições ideais para propagação do fogo.
Uma das ações de combate a incêndios, realizada pelo Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul, é a suspensão da realização de “queima controlada” em propriedades localizadas na Área de Uso Restrito do Pantanal até 30 de outubro.
Segundo o coordenador da Defesa Civil de Mato Grosso do Sul, Fábio Santos Catarinelli, as ações evitam todas as consequências desagradáveis em relação ao meio ambiente.
“Pode causar danos à flora e fauna, além de causar fumaça, o que prejudica a qualidade do ar, causando malefícios para a saúde humana”, afirma.
O médico pneumologista, Ronaldo Queiroz, alerta que o tempo seco aumentam os problemas respiratórios. “Há maior incidência de gripes e resfriados (infecções virais) e até de pneumonias”, relata Queiroz.
“Os pacientes que mais sofrem são aqueles portadores de doenças respiratórias crônicas como asma, rinite e doença pulmonar obstrutiva crônica que apresentam mais crises”, conta o médico.
O coordenador da Defesa Civil alerta ainda para o segundo semestre do ano, considerado crítico em relação à estiagem.
“Historicamente o mês mais crítico do ano é em setembro. Como não temos a expectativa de aumento de umidade do ar, possivelmente, teremos mais queimadas em comparação ao primeiro semestre”, relata Catarinelli.