
Na tentativa de frear a ação do coronavírus e a superlotação dos leitos, a Associação dos Municípios do Mato Grosso do Sul (Assomasul) pediu que Mato Grosso do Sul tivesse restrição de mobilidade durante o feriado e final de semana, contudo, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), defende que não é o momento de proibir a circulação da população.
“Eu recebi um pedido da Assomasul para que pudéssemos proibir o transporte intermunicipal, mas entendemos que não era o momento de proibir o ir e vir das pessoas, temos pessoas que transitam por questões de doenças e bens materiais”, apontou o governador.
Em contrapartida, a Assomasul defende que o toque de recolher ocorra das 20h às 5h, de quinta-feira (3), feriado de Corpus Christi, até o próximo domingo (6).
De acordo com o Azambuja, Mato Grosso do Sul terá a implementação de barreiras sanitárias para desinfecção de veículos e reforço no policiamento.
“Resolvemos que teremos uma vigilância e algumas barreiras sanitárias para coibir e fiscalizar. Aqueles municípios onde tem um grande volume de contaminação o próprio Supremo decidiu, eles podem legislar sobre as questões locais”, reforçou Azambuja.
Na Capital, a única restrição em vigor é o toque de recolher, a partir de 21 horas, por determinação do Programa Prosseguir, além de blitze que serão intensificadas contra o abuso de álcool.
Devido o alto número de ocupação de leitos e falta de vagas, Mato Grosso do Sul começou a enviar pessoas infectadas com a Covid-19 para outros estados do Brasil.
Um paciente do município de Bonito foi o primeiro sul-mato-grossense transferido para outro ente federativo. Ele foi encaminhado para Porto Velho (RO).
Além de Rondônia, o Espírito Santo também ofereceu ajuda humanitária aos sul-mato-grossenses.
COLAPSO
Neste momento, todas as macrorregiões de MS possuem taxas de ocupação de leitos em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) acima de 100%.
Dourados lidera com 95% de suas vagas hospitalares preenchidas, em seguida, a Capital opera com 102% de ocupação.
Três Lagoas e Corumbá estão com 90% de seus leitos destinados ao enfrentamento do coronavírus em uso.
Em paralelo, a fila de espera por vagas em leitos clínicos e de UTI só cresce em MS, com 278 enfermos nesta situação hoje.
Destes, 170 são da macrorregião de Campo Grande, sendo 144 só da própria Capital.
A Central de Regulação de Dourados conta com 75 pacientes à espera, e 33 enfermos aguardam leitos pela Central de Regulação do Estado (Core).