A crise hídrica já teve seu pior momento no Estado, na avaliação do diretor-presidente da Sanesul (Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul), Walter Carneiro Jr. “Desde o ano passado, estamos com um plano de contingenciamento hídrico, para não deixar que falte água. Identificamos 14 cidades que poderiam e devemos tomar medidas de enfrentamento”, afirmou.
Carneiro citou o exemplo de Corumbá, que no ano passado, já usou equipamentos mais sofisticados para ampliar a captação de água do Rio Paraguai. “Corumbá tem quatro bombas de captação, mas não conseguimos baixar mais. Então, usamos bombas anfíbias no meio do rio para bombear para a estação de tratamento”, explicou.
Em outras localidades, a companhia furou 31 poços desde 2020. Por enquanto, o diretor-presidente descartou um racionamento. “A fase mais crítica passou, que foram esses primeiros 15 dias de setembro. Estamos convivendo com isso desde maio, quando parou de chover. Nossa expectativa é que em outubro as águas se recomponham, mas continuamos trabalhando para não faltar água”, garantiu.
Alerta – Em junho, o governo federal emitiu alerta de emergência hídrica para Mato Grosso do Sul. Na ocasião, a Sanesul descartou falta de água, mas pediu que a população use o recurso com consciência.
“Mesmo com todos os investimentos feitos, novamente pedimos o apoio da população sul-mato-grossense para o uso racional da água para que ela não falte. Estamos em uma pandemia e a água é essencial para vida de todos. É uma situação nova e precisamos da conscientização de cada morador”, declarou Carneiro à época.