Os mosquitos wolbitos, que são os Aedes aegypti com a bactéria, que inibe transmissão da dengue, zika e chikungunya, começaram a ser soltos na próxima segunda-feira (5), em Campo Grande.
Assim, dez bairros da Capital serão contemplados na ação conjunta da Secretaria de Estado de Saúde (SES) e Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), sendo eles: Taquarussú, Jacy, América, Jockey Club, Parati, Piratininga, Pioneiros, Alves Pereira, Los Angeles e Centro Oeste.
Durante 30 semanas os Wolbitos foram soltos nos bairros da primeira fase, sendo monitorados desde então e assim serão por mais quatro meses. O objetivo é avaliar a efetiva proteção nesses locais.
Quando encontrada em mosquitos, essa bactéria tem capacidade de reduzir a transmissão de doenças. Contudo, mesmo estando em 60% dos insetos, ela não é encontrada naturalmente justamente no transmissor da dengue, zika e chikungunya.
“O Wolbachia é um método complementar às demais ações de controle das arboviroses realizadas pela prefeitura. A população deve continuar a realizar as ações de combate já realizam em suas casas e estabelecimentos comerciais”, explica a superintendente de Vigilância Sanitária do município, Veruska Lahdo.
O planejamento para a soltura de mais mosquitos na terceira fase já está sendo feito, entrando na lista Vila Carlota, Albuquerque, Jardim Paulista, Pedrossian, Rita Vieira, São Lourenço, TV Morena, Vilas Boas, Universitário, Tiradentes, Chácara Cachoeira, Chácara dos Poderes, Noroeste, Veraneio, Estrela Dalva e Carandá.
Wolbachia
A ação é realizada a partir da introdução de uma bactéria comum em 60% das espécies de insetos, no mosquito do Aedes aegypti, esse procedimento impede que o vírus de doenças no organismo do mesmo se desenvolvam.
Com isso, se torna possível combater doenças como a chykungunya, dengue e zika causadas pelo mosquito. Não há modificação genética nesse processo.
O método surgiu na Austrália pelo Word Mosquito Program (WMP), que visa combater doenças transmitidas por mosquitos.
A fundação Oswaldo Cruz foi quem implementou a iniciativa no Brasil, em parceria com governos locais e financiamento do Ministério da Saúde.
Atualmente Campo Grande (MS), Petrolina (PE) e Belo Horizonte (MG) são as cidades que se encontram em processo de implantação do WMP.