Os primeiros 19 dias deste ano já registraram duas vezes mais chuvas que janeiro inteiro de 2022. Os dados são do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) com base na estação de Campo Grande. Em 2023 já caíram 251,8 mm de chuva na Capital contra 115 mm registrados em janeiro do ano passado.
Este janeiro é o terceiro mais chuvoso desde 2014 e está atrás somente dos mesmos meses em 2021 e em 2016, quando choveu 383,3 mm e 371,2 mm, respectivamente.
O primeiro mês de 2022 foi o que menos choveu desde 2014. Foram apenas 115 mm nos 31 dias do mês, média de 3,7 mm por dia. Os anos de 2020, 2019 e 2018 também registraram volumes de chuva acumulados abaixo dos 200 mm.
O meteorologista Natálio Abrão disse que Mato Grosso do Sul está sob influência do fenômeno La Niña (fenômeno natural que consiste no resfriamento anormal das águas do Oceano Pacífico). Esse fator ajuda a formação de temporais.
Abrão reforça que não existe, necessariamente, alguma razão para o aumento do volume de chuva registrado em 2023. Um fator que pode influenciar, segundo o meteorologista, é a temperatura média estar mais alta. “A temperatura está dois graus mais quente que o ano passado. Isso acarreta chuvas mais fortes com grande intensidade de raios”.
Ele finaliza dizendo que o verão de 2023 deve seguir chuvoso. “O verão deste ano que segue até meados de março ainda será de chuvas irregulares, mal distribuídas e de volumes elevados”.
Vale ressaltar que a chuva calculada pelo Instituto Nacional é com base no pluviômetro. O aparelho é destinado a medir a altura da lâmina de água em uma área de um metro quadrado. Ou seja, se a medição indicar que choveu 100 mm, isso significa que caíram 100 litros de água em um metro quadrado.