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Ex-comandante da PMMS é preso por extorsão e associação a agiotagem

Por Redação

Em 27 de maio de 2021

Foto: Bruno Henrique/Correio do Estado

O ex-comandante da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul e ex-deputado estadual, Coronel José Ivan de Almeida, foi preso em flagrante, na manhã desta quarta-feira (26), em uma operação contra o crime de extorsão e agiotagem.

Segundo o delegado titular da Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros (Garras), Fábio Peró Correa Paes, o trabalho foi realizado em conjunto com o Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

Ainda de acordo com o Peró, a prisão do oficial da reserva e ex-polícia civil, ocorreu no momento da extorsão.

“A vítima entrou em contato com a delegacia e nos informou sobre o crime. Toda a extorsão foi acompanhada pelos agentes do Garras e pelo Gaeco, além de ser filmada pela vítima, o que configurou flagrante”, explicou.

Peró ainda revelou que a operação chegou a uma terceira pessoa que estava em contato com o ex-policial militar e que seria o homem que havia feito o empréstimo à vítima. Ou seja, o responsável pela agiotagem.

“No momento da prisão acabamos vendo que ele estava falando com outro homem, que havia acionado os serviços da dupla para efetuar a extorsão e por medo na vítima. Nós fomos até a casa dele e achamos o suspeito, que também foi preso em flagrante”,  disse.

Na casa do agiota foram encontradas duas armas, sendo um revólver e uma pistola, que foram apreendidas. Já na casa do ex-deputado, foi encontrado outro revolver.

Todo o armamento não tinha registro de identificação. A investigação acabou afirmando que semelhanças no modus operandi de outra quadrilha, do clã Name, que foi desarticulada na operação Omertà.

“É a mesma estratégia utilizada pelos Name, pois eles emprestavam dinheiro para a vítima que nunca conseguia pagar, sendo multiplicado juros em cima de juros”,  revelou.

Operação

Segundo Peró, a operação desencadeada nesta manhã teve início a partir da denúncia de vítimas que estavam sendo extorquidas pelo grupo, que formaria o “braço armado” do grupo dedicado à cobrança violenta por dívidas ou acertos de contas.

O oficial da reserva também foi apontado como envolvido com a máfia dos caça-níqueis, em 2007.

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Crédito: Coxim Agora.