
Atualmente internado com quadro grave de covid, Jamil Name, 82 anos, passou por exame de sanidade mental no mês passado na Penitenciária Federal de Mossoró, onde acabou revelando a trajetória “de sucesso” a partir do jogo do bicho. Disse ter R$ 41 bilhões de precatórios a receber e que não pretende ser declarado “louco” para sair da cadeia.
Jamil Name contou ter estudado até a 2ª série e que deixou São Paulo em 1958. Depois, se estabeleceu em Campo Grande, onde, para ganhar dinheiro, fez parceria para anotar jogo do bicho e pife-pafe (jogo de cartas).
Depois, passou a fazer as anotações sozinho. O pagamento vinha em dinheiro e sacas de sojas. Na sequência, abriu imobiliária, com loteamentos de condomínios por Campo Grande e transações de terras em outros Estados.
Também informou investimento em usina eólica e ser dono de uma mina de ametista, muito produtiva e “que acredita ter produzido um bilhão de reais”. Aos peritos, Jamil Name declarou não querer ser “interditado como doente mental só para sair da cadeia” e que vai provar sua inocência sobre as acusações de liderar quadrilha de extermínio e tráfico de armas.
Sobre o episódio da suposta oferta de propina de R$ 600 milhões a membro do Poder Judiciário, feita durante audiência, relatou se tratar de mal-entendido.
“Pois estaria solicitando para que o juiz pudesse fazer contato com o Ministro do Superior Tribunal sobre os precatórios que possui no valor de R$ 41 bilhões, valor este muito superior aos 100 ou 600 milhões que foram falados”. No entanto, calcula que o valor final dos precatórios (dívida do poder público reconhecida pela Justiça) seja de R$ 6 bilhões, descontados deságio e impostos.
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