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Estado conta com mais de 700 crianças e adolescentes vivendo em abrigos

Por Redação

Em 31 de julho de 2023

Foto/ Reprodução

Mato Grosso do Sul é o estado com maior número de crianças em entidades de acolhimento do Centro-Oeste. De acordo com dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o Estado tem atualmente cerca de 729 crianças e adolescentes abrigadas em alguma instituição ou com famílias acolhedoras.

Ao longo da semana, o jornal Correio do Estado vai publicar uma série de matérias a respeito do sistema de acolhimento e adoção de crianças e adolescentes em Mato Grosso do Sul.

A psicóloga infantojuvenil Thamires de Oliveira explica que, quando essas crianças e adolescentes são encaminhadas para entidades de acolhimento, há uma mudança que se torna um marco na vida delas.

Além de ser um momento em que podem se sentir abandonadas, quando são realocadas, elas ainda precisam se adaptar a novas rotinas e vínculos sociais.

“Essas crianças e adolescentes podem experimentar sentimentos de abandono. Elas vão se deparar com novas pessoas e novas regras, e tenderão a se vincular novamente a outras crianças, a pais sociais e aos cuidadores”, detalha a psicóloga.

Thamires destaca que, com o apoio técnico e psicológico necessário, os acolhidos podem superar perdas e criar novos vínculos de afeto.

No entanto, a psicóloga explica que, em casos que envolvem algum tipo de violência infantil, o Ministério da Saúde aponta quatro problemáticas principais que são ocasionadas nas crianças, a curto e a longo prazo: problemas sociais, emocionais, psicológicos e cognitivos.

“Assim, independentemente  do tipo de violência infantil, a maioria dos casos pode gerar forte impacto em suas vidas e em seu desenvolvimento”, completa.

Além disso, quando há uma situação de morte dos pais ou dos responsáveis e não há a identificação imediata de outra pessoa da família que seja capaz de assumir o cuidado, a criança ou adolescente fica sob responsabilidade de uma instituição de acolhimento do Estado provisoriamente, até que seja encontrada alguma alternativa.

A psicóloga infantil argumenta que essas situações “são uma experiência que vai exigir um processo de readaptação e um processo grande de luto”.

ACOLHIDOS

Segundo dados do Conselho Nacional de Justiça, Mato Grosso do Sul conta atualmente com 729 crianças e adolescentes distribuídas em 177 unidades de acolhimento infantojuvenil ou em casas de famílias que acolhem crianças temporariamente.

Desse total, 75 estão disponíveis para adoção sem vínculo com alguma família e 36 já têm um contato inicial com algum pretendente.

Ao analisar os dados do CNJ, é visível que a maioria das crianças abrigadas são meninas de 14 a 16 anos pardas, que foram encaminhadas para uma entidade após sofrer algum tipo de violência familiar.

De acordo com o conselho, quanto mais velhas são, maior o número de acolhidos. Como exemplo, os adolescentes com 16 anos ou mais, faixa que tem 93 jovens ainda sob cuidado institucional.

Além disso, o grupo de idade até dois anos é o que conta com o maior número de acolhimentos de crianças, totalizando 89 indivíduos. Em seguida, as faixas etárias de dois a quatro anos, quatro a seis anos e seis a oito anos compreendem um total de 56, 68 e 65 acolhidos, respectivamente.

Quantos aos pré-adolescentes, há 78 abrigados entre oito e 10 anos e 79 entre 10 e 12 anos. Já entre os adolescentes, os grupos de 12 a 14 anos e de 14 a 16 anos registram 93 e 106 acolhimentos, respectivamente.

Segundo o CNJ, o grupo de etnia identificada como parda é o que apresenta o maior número de acolhimentos, contando com 221 crianças e adolescentes, ou seja, 30,3% do total.

Na sequência há a etnia indígena, com 71 acolhidos (9,7%), e a branca, com 66 acolhidos (9,1%). No entanto, os 47% restantes são do grupo em que não informações sobre a etnia das crianças.

Fonte: Correio do Estado

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