
Mato Grosso do Sul tem, atualmente, 10 facções criminosas em atuação, sendo o terceiro no ranking de estado com maior número de grupos criminosos em atividade.
Levantamento feito pelo jornal O Globo aponta que o Brasil tem hoje 64 facções espalhadas pelas 27 unidades da federação, com menor ou maior tamanho e influência sobre a sociedade. Os dados foram coletados junto a fontes das secretarias de Segurança Pública, Administração Penitenciária e Ministérios Públicos de todos os estados.
Conforme o levantamento, em números de facções, Mato Grosso do Sul está atrás apenas da Bahia e Pernambuco, com 17 e 12 facções, respectivamente.
Das dez facções em atuação em MS, apenas uma é de origem sul-mato-grossense, sendo a Okaida, enquanto as demais são ramificações e núcleos de grupos que tem como origem outros estados.
Conforme o levantamento, em números de facções, Mato Grosso do Sul está atrás apenas da Bahia e Pernambuco, com 17 e 12 facções, respectivamente.
Enquanto os dois do Nordeste têm um cenário fragmentado, com muitas facções locais disputando espaço, o território sul-mato-grossense é o maior “importador” de facções de outros estados. Conforme O Globo, a rota do narcotráfico que passa pela fronteira com o Paraguai e a Bolívia estimulou nove das 12 facções interestaduais a criarem núcleos de atuação em Mato Grosso do Sul.
As facções criminosas em atuação em Mato Grosso do Sul são:
Okaida
Primeiro Comando da Capital (PCC)
Comando Vermelho (CV)
Amigos do Estado (ADE)
Bonde do Maluco (BDM)
Terceiro Comando Puro (TCP)
Primeiro Grupo Catarinense (PGC)
Bala na Cara (BNC)
Os Manos
Cartel do Sul (CDS)
A Okaida aparece na lista como facção local, enquanto as demais são “importadas”, sendo o PCC com sede em São Paulo e presença em 25 estados; CV do Rio de Janeiro e presença em 25 estados; ADE de Goiás com núcleos em MS e TO; BNC com sede no RS e núcleo em MS e SC; PGC de Santa Catarina e núcleo em MS e PR; TCP do Rio com núcleos em MS, ES, MG e SP; CDS do Paraná e núcleo em MS e Os Manos, do Rio Grande do Sul com núcleos em MS e SC.
Guerra do tráfico
Apesar da diversidade de grupos criminosos, as duas maiores facções do País, PCC e Comando Vermelho, também são as principais no Estado.
Conforme reportagem do Correio do Estado, a popularização da cocaína e a consequente redução do preço no mercado interno acirrou a guerra para tomar o controle das rotas de tráfico na região de fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai e a Bolívia.
E é por causa desse “mercado aquecido” que as duas maiores facções criminosas do País, Primeiro Comando da Capital (PCC) e Comando Vermelho (CV), têm travado uma guerra sangrenta em Mato Grosso do Sul.
“Não só nas fronteiras, mas nas divisas de Mato Grosso do Sul também. Há uma disputa entre as facções pelo controle do tráfico de drogas e pelas melhores rotas. No norte do Estado, o Comando Vermelho tenta entrar em MS, que tem mais integrantes do PCC. Mas temos acompanhado de perto essa questão”, garantiu o secretário estadual de Segurança Pública, Antônio Carlos Videira.
Brasil
Entre as 64 facções criminosas mencionados no relatório, 12 têm presença em mais de um estado, e os outros 52 são organizações locais.
Duas tem presença efetivamente nacional, sendo o PCC e o CV. O PCC está em 25 unidades da federação, enquanto o Comando Vermelho (CV) se encontra em 26. Os grupos só não estão, ainda, no Rio Grande do Sul.
O estado que mais “exporta” facções nacionalmente é o Rio de Janeiro, que além do CV tem duas organizações com atuação interestadual: o Terceiro Comando Puro (TCP) e os Amigos dos Amigos (ADA).
CE/ML








