A operação padrão dos auditores-fiscais da Receita Federal em três fronteiras do Estado provocou fila e lentidão na alfândega de Ponta Porã, cenário que segundo o presidente do Sindifisco Nacional em Mato Grosso do Sul, Anderson Novaes, deve piorar nos próximos dias.
“As exportações e importações diminuem neste período de fim de ano, tanto que temos parte dos servidores da Receita em recesso. Mas na próxima semana, esse movimento cresce. Então, a tendência é que a lentidão aumente com a fiscalização mais rigorosa, provocando aumento das filas”, afirmou
O movimento faz parte de um protesto contra o corte de R$ 1,2 bilhão do orçamento da Receita Federal para 2022 e do não cumprimento de acordo pelo governo federal para pagamento de bônus de produtividade.
Ainda conforme o representante, nesta segunda-feira (27), houve uma reunião entre a administração da Receita Federal e o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira para acertar os pontos.
“Ele considerou importantes as pautas defendidas pela classe, disse que realmente havia um acordo com o governo para a regulamentação do bônus, mas que o impasse orçamentário impediu o seu cumprimento”, detalhou.
” Apesar dessa boa vontade, nada de concreto foi apresentado, nenhum compromisso ou previsão de data estabelecidos, apontando que a tomada de decisão depende do ministro da Economia, Paulo Guedes, ou do presidente Jair Bolsonaro. Diante disso, o movimento prossegue”, apontou.
Na última quarta-feira (22), auditores-fiscais e analistas tributários da Receita Federal no Mato Grosso do Sul, que ocupavam chefias e funções na alfândega de Corumbá e na equipe da malha fiscal vinculada a Campo Grande, entregaram seus cargos.